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quinta-feira, 31 de março de 2011

A culpa é da mulher?


Eu sei que o dia das mulheres já passou. Logo, uma postagem sobre as mulheres na perspectiva de Por Zeus! Está um pouco fora de contexto, mas como não acho justo um dia apenas para homenagear a mulher, estendo o dia para mês e trago para vocês uma reflexão sobre a mulher e a religiosidade, uma temática que poderia render um livro ou livros, mas que por motivos óbvios será abordada de maneira bem sucinta aqui...

Na mitologia japonesa, a passagem de demônios nos portais entre os mundos desencadeavam os terremotos, embora nessa cultura nem todos os demônios sejam maus, temos alguns que só “existem” para infernizar o mundo dos homens, tais criaturas sem muita opção de lazer foram gerados pela primeira mulher “Izanami” que revoltada com seu marido Izanagi, criou tais seres. Logo, o mal veio da mulher...

Zeus! Reinando no panteão grego, ficou furioso com a atitude de Prometeu em roubar o fogo dos deuses e entregar aos homens e criou a primeira mulher, Pandora, para lançar aos homens os maiores males. Pandora mesmo avisada, não resistiu e abriu a tal caixa proibida e dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males.


Esses relatos míticos parecem muito estranhos para nós, a modernidade, mas lhes pergunto qual a diferença neles e aceitar a historia de Eva corrompida pela serpente falante do jardim mágico, que arrastou o bom homem Adão para o pecado?

Na verdade não muito, há detalhes que fazem a mitologia ser diferente da religião, mas sinceramente eu acho que são argumentos levantados apenas para defender a ignorância de quem acredita nessas coisas, o pano de fundo é mesmo, explicar de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos.
O que chama atenção nesses relatos é como são enraizados em culturas primitivas que focavam a superioridade masculina sobre a mulher ou simplesmente responsabilizando a mulher pelas coisas ruins do mundo.

Por Zeus! Um exemplo básico e até clichê de como o texto bíblico é direcionado ao homem: “Não cobiçaras a mulher do próximo”, podemos brincar e “zuar” que a mulher pode cobiçar o marido da outra, mas acho que a frase “coisifica” a mulher em um “mundo masculino”.
[Mundo masculino? Lembraram do juiz que escreveu tal besteira? Será que isso vai dar algum problema para ele? Acho que não...]

O pensamento de que mulher deve ficar “esquentando a barriga no fogão e esfriando no tanque” é puramente reflexo do machismo cultural, algo que por sinal insiste até os dias de hoje em pleno século XXI, mesmo depois de tantas revoluções femininas.
[Mesmo com mulheres chegando a cargos tão importantes quanto aos de “presidentas” (A palavra existe embora não seja aplicada), o que me lembra que para tão cargo não acho a Dilma a mais indicada, mas a Marina não chegou lá...]

Na religiosidade as revoluções femininas resgataram o conceito de religião matriarcal. Que para mim, tem um sentido muito mais lógico que falar em um “pai celestial”, mas “lógica’ não é algo que se possa vincular a religiosidade.
[Uma religião matriarcal é supostamente centrada na adoração a uma “deusa mãe” mitos de fertilidade e sacralidade, que culminariam em uma adoração à natureza].

É claro que as revoluções femininas não se limitam ao surgimento de religiões neopagãs, mas até mesmo em transformações nas religiões vigentes, a mulher agora pode ser ordenada “clériga” em algumas correntes neoliberais do protestantismo, ate em algumas mais liberais do judaísmo, a mulher pode ser “rabina”!
[Em algumas, a mulher poder mostrar o rosto já é um avanço...]

É claro que existe também outro lado, nem todas as mulheres buscam a subjetividade e preferem ficar na aba de homens, o que pode ser resultado desse infeliz aprendizado cultural.

No fundo, o desfecho dessas culturas deve ter uma mesma base, o medo do homem diante do poder feminino, afinal aquela frase: “Por traz de um grande homem tem uma grande mulher” deve ter um sentido bem explícito e verídico...

Eu apoio a luta das mulheres através dos tempos para a igualdade dos sexos, acho que seria definitivamente uma evolução, parar de falar em “homens” e “mulheres” e sim em humanidade...

PS: Na imagem tema de hoje, temos respectivamente Lou Salomé, Paul Ree e famoso filósofo alemão Nietzsche, o significa? Lou-Salomé, não a “mulher do Nietzsche”, a mulher que com certeza fez o Nietzsche chorar rs

2 comentários:

  1. bemm legalll

    concordoo com as opinioess
    como sempre 10 bjoo

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  2. Oi meu bem,
    acho que esta postagem foi uma das melhores viu, nao sei se é pq gosto mais ainda do tema, ou por vc ter sido menos "agressivo"(se é que vc me entende), ou se os arugmentos foram mt bem trabalhados, ou se tbm pela foto, a gramatica.... ou se por tudo isso junto...
    foi excelente!! eu nao teria feito uma melhor nao.. rs
    continue assim viu!!

    beijos beijoss
    da JuH

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