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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Para o Papa que em tese não tem uma vida sexual, ser contra a camisinha é fácil...



Vendo a “Retrospectiva 2010” me veio o atraso desse blog em tecer uma reflexão sobre as afirmações do Papa Bento XVI sobre o uso da camisinha...

Ao contrário do que foi dito na retrospectiva, o Papa não se demonstrou a favor da camisinha, apenas disse que em certos casos ela poderia ser admitida...
[Os editores do programa deveriam ficar atentos a isso, a ausência de “em certos casos” fez parecer que o Papa liberou geral, mas sabemos que não é bem assim, e já que Por Zeus tem a missão de elucidar questões sobre fé e ajudar as pessoas a entender um pouco mais da própria religião seria muito prudente recapitular essa “polêmica”]

“É um bom começo”, disse diretora-geral da agência de saúde da ONU.

Na matéria do G1, (Veja clicando na frase acima) Li que Margaret Chan, (Diretora-geral da Organização Mundial da Saúde) elogiou nesta segunda-feira (22) o fato de o Papa Bento XVI ter admitido a utilização de preservativos em certos casos para reduzir o risco de transmissão do vírus da Aids.

É claro que o Vaticano foi muito específico ao afirmar que não constitui uma solução para o problema, mas um “primeiro ato de responsabilidade” ou seja, se você está vivendo em “pecado”, peque menos usando a camisinha ao invés de fazer com que seu parceiro corra risco por sua falta de ... religiosidade?

A matéria ressalta uma posição notável do papa em relação ao assunto, muito contrária à repercussão dessas afirmações na França:

"Enquanto não cabe a nós julgar a doutrina da Igreja, consideramos que tais comentários são uma ameaça às políticas de saúde pública e a obrigação de proteger a vida humana", disse o porta-voz do ministro das Relações Exteriores francês, Eric Chevalier.

(Leia mais clicando aqui)

Eles não gostaram do papa dizer que campanhas a favor da camisinha podem aumentar o problema e de fato será que a política da igreja em relação à camisinha tem algum sentido?
[Os franceses são fodas! Viva La France!]

O argumento religioso: O uso indiscriminado de preservativos incentiva um estilo de vida sexual promiscua, imoral, pecadora etc. E como nós sabemos, as maiorias dos dogmas religiosos vão condenar fortemente esse estilo de vida sexual, até ai tudo bem, não?

Só que aí entra o choque de posições, muitas pessoas tem uma vida sexual ativa desvinculada de dogmas religiosos e não veêm isso como algo imoral, dentre eles temos os ativistas que pregam a responsabilidade e levantam a bandeira da camisinha, O que devemos lembrar que não constitui ateísmo, Muitas pessoas acreditam em deus mas não vêem sentido algum, em muitos dogmas religiosos e acreditam que não serão julgados pela sua vida sexual, corte de cabelo, alimentação etc, mas sim pelo seu caráter.
[Uma pessoa pode ter uma vida sexual não-religiosa e ainda sim dar um banho de moralidade em muita gente que se diz temente a deus...]

Contudo religiosamente falando, o certo seria apostar na fidelidade... Mas as coisas não são bem assim, quantas mulheres/homens não pegaram AIDS dos seus maridos/esposas porque estes “pularam a cerca” e o fato de não usar camisinha permitiu que houvesse tal injustiça?

Vi um quadro do CQC onde se filmava a reação das pessoas à distribuição de camisinhas em frente a uma igreja e para variar, a gente ri para não chorar diante de tanta ignorância, uma mulher dispensou alegando que ela não precisava, pois confiava em algo muito maior que era Jesus Cristo...

Por Zeus! Jesus virou uma camisinha com efeito placebo?

É claro que se você perguntar para uma mulher que pegou Aids do marido porque confiava nele, ela não vai dizer que foi falta de fé em cristo. Possivelmente ela deve ter maturidade o suficiente para saber que são coisas diferentes (Pois aprendeu com seu erro) o que eu indago:

Por que não permitir o uso da camisinha entre os casados?

No final, a igreja tem que confiar na postura moral de seus fiéis, Então libera logo P%R#@!
Porque hoje em dia é mais racional apostar na camisinha do que na maturidade das pessoas em relação à vida sexual...

Ao contrário do papa eu sou realista, o preservativo não significa uma banalização do sexo pelo contrário, deixá-lo de lado pode sim, significar banalização...

Mas por que focar o sexo? Há vários outros lados da questão como por exemplo evitar a gravidez indesejada, o uso de preservativos ou anticoncepcionais criticados pela religiosidade são métodos seguros por que francamente, confiar em deus para a melhor hora da vinda de um filho pode não ser prudente...


Mas como ateu, sou suspeito para falar...




PS: As propagandas de incentivo a camisinha da MTV são bem estranhas não? O bizarro, é que são as únicas que fazem sentido...

PS2: NÃO! Não vejam a primeira idéia de imagem que tive para essa postagem que me veio à mente clicando aqui:

sábado, 25 de dezembro de 2010

Sim, ateu também pode comemorar natal rs



Feliz natal! rs


Pois é, “Por Zeus! Especial de natal” nunca sai do jeito que eu planejo. Fim de ano é tão corrido que não consigo fazer a postagem natalina. Por sinal, queria falar de toda aquela historia de Papa/igreja e “camisinha” (Fica para a próxima), pois é natal, pelo menos por meia hora (olhando o relógio) então vou fazer uma reflexão sobre essa data tão cativante...

Natal como todo mundo deveria saber é a tal data suposta do nascimento de cristo.

[Natal vem do latim e significa mais ou menos “nascimento”, daí o termo “pré-natal” para o acompanhamento médico de uma gestante... Ok, ok, Você já deve saber disso, mas acredite que há quem não tenha a mínima noção disso e devemos contribuir um pouco com a cultura aqui... Recentemente apliquei uma prova de português para uma colega e a ultima questão era uma proposta de redação cujo tema foi: “O significado do natal” e um aluno perguntou: “Professor, natal é o nascimento ou morte de cristo?” ... Acredite se quiser...]

“Suposta” por que a data (25 de Dezembro) não é conhecida como o aniversário real de Jesus e como várias outras questões bíblicas, foi alterada para corresponder a outros eventos de culturas pagãs (facilitando a conversão dos povos) ou simplesmente se adequar as vontades de Roma que como vimos em postagens anteriores era quem mandava.

Enfim, Natal religiosamente falando é a comemoração do nascimento de Jesus e engloba vários sentimentos interessantes, que eu poderia seguir a vertente desse blog e detonar com criticas sobre a hipocrisia das pessoas, impacto econômico etc.

Mas por incrível que pareça, eu gosto desse momento, sabem por quê?

O natal para eu que sou ateu não passa de um motivo para reunir a família, por sinal quanto mais velho eu fico mais importância eu dou para isso...

Embora minha família seja extremamente cristã, Há dois ou três anos que introduziram no momento de mãos dadas, pedidos, agradecimentos e oração a frase:

“E aqueles que não tiverem fé então comemorem essa reunião da família” e é isso que eu faço, principalmente por que ao contrário da maioria dos eventos religiosos, essa data tem uma tendência de não excluir, mas de incluir, de aceitar e tentar promover algum tipo de sentimento bom...

Infelizmente, poucos entendem isso e justamente aqueles que se dizem pessoas de fé...



PS: Se vocês acham, que hoje eu estou “careta”, preocupem-se, pois estão perdendo algo muito bacana...

PS2: "Sim, ateu também pode comemorar natal", O título dessa postagem foi a minha resposta para uma garota que surpresa pelo fato de eu ser ateu me perguntou se eu não comemorava natal, se eu "não dava e ganhava presente" ...