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sexta-feira, 17 de maio de 2019

“Você não é todo mundo”




É bem provável que essa frase tenha saído da boca de sua mãe, mal sabia você que isso já era uma lição de lógica.

Eu deixo muito a desejar em relação as aulas de lógica em Filosofia, mas vejo que se faz cada vez mais necessário um mínimo de noção.

Compreender o perigo das falácias e como estas podem ser usadas para doutrinação intelectual, como as correntes de uma ideologia podem prender as pessoas e transforma-las em “massa”, definitivamente é essencial para se ter uma escola que promova a liberdade dos seus educandos.

Veja bem, Participar de movimentos ou defender certas bandeiras não é o problema, a questão é: Você analisou bem a situação para decidir seguir tal caminho? E quando digo analisar, não é só ver o videozinho do seu youtuber favorito que replica as mesmas ideias da sua ideologia, ou compartilhar "memes zueiras" que apenas debocham e reforçam as suas convicções, pelo contrário, é refletir criticamente as próprias convicções! 
(A "bolhas sociais" são a nova "Caverna de Platão")

Compreender que certos argumentos são apenas uma desonestidade intelectual manipuladora é essencial. Mamãe já te alertou para uma: “Se muitos fazem uma coisa, não significa que você também fará”, e o mesmo vale no sentido oposto: “Não é porque uns fazem algo, que você vai poder dizer que todos são assim”.

Tem alunos maconheiros nas federais? Claro! Mas você pode dizer que são todos?
Todos os padres são pedófilos?
Todos os pastores são ladrões?
Obvio que não!

Então, por que alguém usa esse tipo de argumento para criticar a ideologia diferente? Pegar um caso especifico para generalizar (Dicto Simpliciter) e desmerecer toda uma causa, é desonestidade sim! 

E pior, com você mesmo.

Por uma questão de “ego” ou “vaidade”, é difícil admitir que erramos, mas errar é humano! É assim que evoluímos, aprendendo sempre, principalmente com os vários enganos que teremos nessa jornada da existência.

Marcos A.Faria





“Só tem convicções aquele que não aprofundou nada”.