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domingo, 15 de abril de 2012

Autonomia da mulher vs masoquismo existencial




Esses dias a “ateiada” (Eu me incluo) comemorou a decisão do STJ sobre a questão do aborto nos casos de Acefalia/Anencefalia.

A vitória do que seria um direito óbvio da mulher só gera mais e mais discussão então só para não deixar passar, Por Zeus! Também teria que ter uma pequena e breve reflexão sobre isso não é?
Comentamos sobre a polêmica do abordo em algumas postagens aqui em Por Zeus! Precisamente em: “E mais política e Religião” e na Postagem Coletiva em defesa do Estado Laico” .

E por fim zuei com o bispo que alegava que a mulher é estuprada porque no fundo ela “quer” em : “Mulher! Deus me enviou para você!”...

Contudo a questão da Acefalia/Anencefalia é um caso um pouco mais especial, uma situação trágica onde um feto é diagnosticado com acefalia significa que não haverá desenvolvimento do cérebro, isso não significa que a criança vai ter “problemas mentais”, mas sim que ira morrer pouco tempo depois do parto! Logo é a certeza de que a mulher vai gerar por nove meses um feto que irá na maioria das vezes "morrer" pouco tempo depois que ela dar a luz...

[Veja mais para entender a diferença de Acefalia e Anencefalia clicando aqui e aqui]

Por Zeus!

Você consegue mensurar esse tipo de dor? Você consegue imaginar o que é ser obrigado a gerar por nove meses uma criança que não irá "sobreviver"?

Eu sim, isso se chama “compaixão” (Sentir dor pelo outro, compartilhar do sofrimento).

Eu me lembro de que há alguns anos teve uma reportagem no Fantástico sobre mulheres que lutavam pelo direito do aborto em relação à Acefalia, na reportagem um padre aparecia e dizia que a mulher tinha que “suportar” aquela “aprovação” que deus colocava em sua vida...

Ora, para você que não vai passar por tal sofrimento é muito fácil dizer que ela “deveria” fazer isso não é mesmo? Não só o Padre, mas outras mulheres hipócritas que são mães e crucificam essa ideia, com certeza elas não param para pensar que na pura e simples situação de “e se fosse comigo?”

Meus caros, quando uma pessoa é diagnosticada com "morte cerebral", batimentos cardiancos ou outras funções que o corpo desenpenhe não fazem dela um ser vivo, ela infelizmente já está morta...

A gravidez é caracterizada por gerar a vida, no caso da Acefalia ou Anencefalia, estamos falando de dar a luz a uma criança morta, pense um pouco nisso... realmente vale promover esse sofrimento à mulher? à familia? em nome de uma moralidade deturpada que mais cheira a masoquismo existencial?

Felizmente, o estado laico prevaleceu sobre a idiocracia teológica. Eu já disse aqui, sou a favor da liberdade de escolha individual:

"...para que caia na alçada da consciência de cada um;

O que é tenebroso para os grupos religiosos;
Confiar no julgamento moral de seus fieis..."