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segunda-feira, 29 de junho de 2009

“Eu sou leonino! Isso explica tudo!”

Há vários mitos que corroem a razão humana, cada um mais sedutor e envolvente do que o outro, dentre eles temos a “pseudociência” conhecida como “Astrologia”, Claro que você sabe o que é afinal está presente nos jornais, na TV, murais na rua e agora até nos nossos celulares, basta pagar alguns centavos e enviar uma mensagem para um numero X e em segundos, você pode saber o que o dia lhe reserva e a “resposta para os mistérios da vida” segundo as previsões astrológicas... [É mister e produtivo diferenciar astrólogo de astrônomo, “Não são a mesma coisa?” a resposta é: Não, ambas as palavras derivam de áster/astron (Estrelas,astros) e Logus (Ciência, estudo etc) Contudo além das cinco primeiras letras não há muita coisa em comum entre elas. A astronomia é uma ciência exata, que estuda a origem, composição, classificação e dinâmica de todos os corpos celestes, Já a astrologia dá ênfase apenas a um certo grupo de astros e a relação entre suas posições e deslocamentos no céu e o destino dos seres humanos.] A astrologia surgiu a milhares de anos (Dizem que tem até dedo de certo filósofo grego antigo), mas isso não é de nos surpreender, a história da humanidade é marcada por nossa busca por respostas daí o surgimento de tantas teorias e uma delas baseia-se na influência dos astros sobre a vida humana, não só emocional, mas sim em nosso destino, “tudo está escrito nas estrelas!”, Contudo, por não apresentar evidências válidas de sua eficiência e veracidade, a astrologia se enquadra no grupo das “superstições” ou se soar mais bonitinho para os adeptos “pseudociência”. Eu poderia brincar com os vários argumentos que defendem a veracidade da astrologia como, por exemplo, aquele papo da lua que influência os mares (Fato) e conseguintemente o nosso estado de espírito (teoria fajuta) uma vez que somos formados por uma media de 70% de água, mas deixo isso para vocês conferirem no Wikipédia onde podemos encontrar uma lista de argumentos contrários e outra a favor da veracidade da astrologia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Astrologia [Em postagens anteriores já comentei que é moda usar alguns fatos sérios para justificar idéias fantasiosas, esse exemplo da lua é um, sim ela influencia as mares com sua força gravitacional, porém a energia que ela exerce sobre você é bem menor do que um pequeno imã] Vou partir de minhas observações/reflexões pessoais; Começaremos pela parte teórica que sustenta a idéia da astrologia com uma dúvida: Por que somente os “nove” planetas em nosso sistema solar têm a capacidade de influenciar nossas vidas? Opa, atualmente são “oito” planetas, Quando comentei esse fato com um amigo astrólogo ele disse que isso era “ridículo”, mas vocês sabem exatamente porque Plutão deixou de ser considerado planeta? Bem, simplesmente por ser pequeno demais ele se enquadrou no termo de “planeta anão”, atualmente conhecem se cinco “planetas anões” (Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris). Agora porque cargas d’água esses ditos cujos não influenciam nossas vidas? Simplesmente porque a astrologia não se atualiza, “Ela já não fazia sentido quando foi inventada e hoje em dia faz menos ainda” disse Richard Dawkins em seu programa “Inimigos da razão”. Deixando de lado esses assuntos mais científicos, vamos para a prática, Tente você fazer seu próprio mapa astral (Na internet se pode não só encontrá-los como até ensinar você a fazer o seu próprio então pelo amor de Zeus! Antes de pagar cinqüenta paus para um cara fazer isso navegue um pouco!). Perceba que as coincidências serão inevitáveis, “Coincidências”? Bem, na verdade “interpretar” qualquer coisa nos da margem para “ajeitar” e fazer as coisas terem algum sentido, uns são mais “espertos” e “talentosos” para fazer esse tipo de coisa, mas basicamente qualquer um faz isso (Não sei se estou sendo claro, mas isso é um ponto muito forte para não dar crédito às interpretações desses mapas) Acrescente o principio de que “Queremos ser enganados” da magia/ilusionismo, nossa angustia por querer ver e sentir o sobrenatural, o fascínio pelo inexplicável. Temos uma tendência natural para sermos feitos de bobo... A “linguagem fria” feita por espíritas fajutos é usada também pelo astrólogo fajuto (Ou se ele for sério, faz isso inconscientemente) para convencer as pessoas de que através do mapa astral podemos saber tudo sobre elas e sobre seu destino; "No decorrer de uma leitura bem sucedida, pode ser que o paranormal forneça a maioria das palavras, mas é o cliente quem fornece a maior parte do sentido e todo o significado" (Ian Rowland ) [“Linguagem fria” ou “leitura fria” é um conjunto de técnicas usadas para fazer com que uma pessoa se comporte de uma determinada maneira, ou a pensar que os que fazem a leitura têm algum tipo de capacidade especial que "misteriosamente" permite que saibam coisas sobre ela. Uma arma usada por manipuladores profissionais] Contudo, não precisamos de um cara “profissional” não, basicamente qualquer um (Um pouco mais esperto que a maioria) faz isso, muitas vezes até sem a maldade ou intenção de enganar o outro porque no fundo ele está também se enganando nesse processo de propagação da ignorância. Vamos fazer uma experiência básica nesse exato minuto em que escrevo esse texto, vou buscar meu signo na internet e ver o que ele me diz: Leão: Inicia-se hoje um período curto e proveitoso para seus estudos, comunicação e troca de informação com o meio. A Lua crescente agiliza e desenvolve seu poder de expressão. Você se torna mais persuasivo e a lisonja nasce fácil dos seus lábios. Tenha cuidado na dose disso. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/urania/signoexpress1.shtml#leao) Minha nossa! Estou persuadindo vocês! Ah! Mas é um período curto, provavelmente meu blog vai a acabar então quando a lua mudar de estagio. Os signos normalmente são envolventes porque eles falam de nós de uma maneira encantadora, os elogios são freqüentes, e quando se fala algo mau sobre você geralmente é de uma maneira boa e gostosa, tipo, eu sou leonino: “... seu talento te deixa arrogante, tome cuidado” perceberam? Sem contar as frases “genéricas” que vão funcionar como: “Você pode ter uma frustração”, Poxa! Raros são os dias perfeitos... Por que parar por aqui? Vamos ver “Leão combina com...” Exemplo “Leão com escorpião”: Os dois são signos fixos e teimosos, ciumentos e possessivos, que podem se sentir atraídos um pelo outro, fascinados pelo magnetismo que exalam, mas a convivência será difícil se for estreita. Não abrem mão do que sentem, não se desapegam um do outro. O laço é forte, os problemas complicados, mas é uma relação grandiosa como eles gostam de ter. Mais palavras encantadoras e sentidos genéricos, convido vocês a lerem essas coisas, mas sem o titulo e verão que normalmente nós podemos nos identificar com o texto mesmo que ele não seja o direcionado para o seu signo, se bobear, o seu pode não bater com o que está escrito (estranho não?). E há quem defenda a idéia de que astrologia deve ser considerada ciência, mas espero que pelo menos isso eu tenha conseguido mostrar que ela não é... Porque me preocupar com essas coisas, com o que você crê ou deixa de acreditar? Por que filosofia é isso é busca, esclarecimento e reflexão, o acolhimento acrítico da realidade é prejudicial, alienante. Enquanto nos apegamos a essas coisas, nos afastamos da realidade, vivemos no faz de contas...

sábado, 27 de junho de 2009

10 mitos – e 10 verdades – sobre o Ateísmo































Seguindo as postagens anteriores, achei oportuno acrescentar o seguinte artigo escrito por Sam Harris, Filósofo ateu e um dos maiores nomes do movimento ateísta. Recomendo a leitura de um de seus livros "Carta a uma nação Cristã" ...brilhante.

Ateus.net » Artigos/ensaios » Ateísmo
Autor: Sam Harris
Tradução: Alenônimo
Fonte: Ateus do Brasil
Original: 10 myths – and 10 Truths – About Atheism


Várias pesquisas indicam que o termo “ateísmo” tornou-se tão estigmatizado nos EUA que ser ateu virou um total impedimento para uma carreira política (de um jeito que sendo negro, muçulmano ou homossexual não é). De acordo com uma pesquisa recente da revista Newsweek, apenas 37% dos americanos votariam num ateu qualificado para o cargo de presidente.
Ateus geralmente são tidos como intolerantes, imorais, deprimidos, cegos para a beleza da natureza e dogmaticamente fechados para a evidência do sobrenatural.
Até mesmo John Locke, um dos maiores patricarcas do Iluminismo, acreditava que o ateísmo “não deveria ser tolerado”porque, ele disse, “as promessas, os pactos e os juramentos, que são os vínculos da sociedade humana, para um ateu não podem ter segurança ou santidade.”
Isso foi a mais de 300 anos. Mas nos Estados Unidos hoje, pouca coisa parece ter mudado. Impressionantes 87% da população americana alegam “nunca duvidar” da existência de Deus; menos de 10% se identificam como ateus – e suas reputações parecem estar deteriorando.
Tendo em vista que sabemos que os ateus figuram entre as pessoas mais inteligentes e cientificamente alfabetizadas em qualquer sociedade, é importante derrubarmos os mitos que os impedem de participar mais ativamente do nosso discurso nacional.
1) Ateus acreditam que a vida não tem sentido.
Pelo contrário: são os religiosos que se preocupam freqüentemente com a falta de sentido na vida e imaginam que ela só pode ser redimida pela promessa da felicidade eterna além da vida. Ateus tendem a ser bastante seguros quanto ao valor da vida. A vida é imbuída de sentido ao ser vivida de modo real e completo. Nossas relações com aqueles que amamos têm sentido agora; não precisam durar para sempre para tê-lo. Ateus tendem a achar que este medo da insignificância é... bem... insignificante.
2) Ateus são responsáveis pelos maiores crimes da história da humanidade.
Pessoas de fé geralmente alegam que os crimes de Hitler, Stalin, Mao e Pol Pot foram produtos inevitáveis da descrença. O problema com o fascismo e o comunismo, entretanto, não é que eles eram críticos demais da religião; o problema é que eles era muito parecidos com religiões. Tais regimes eram dogmáticos ao extremo e geralmente originam cultos a personalidades que são indistinguíveis da adoração religiosa. Auschwitz, o gulag e os campos de extermínio não são exemplos do que acontece quando humanos rejeitam os dogmas religiosos; são exemplos de dogmas políticos, raciais e nacionalistas andando à solta. Não houve nenhuma sociedade na história humana que tenha sofrido porque seu povo ficou racional demais.

3) Ateus são dogmáticos.
Judeus, cristãos e muçulmanos afirmam que suas escrituras eram tão prescientes das necessidades humanas que só poderiam ter sido registradas sob orientação de uma divindade onisciente. Um ateu é simplesmente uma pessoa que considerou esta afirmação, leu os livros e descobriu que ela é ridícula. Não é preciso ter fé ou ser dogmático para rejeitar crenças religiosas infundadas. Como disse o historiador Stephen Henry Roberts (1901-71) uma vez: “Afirmo que ambos somos ateus. Apenas acredito num deus a menos que você. Quando você entender por que rejeita todos os outros deuses possíveis, entenderá por que rejeito o seu”.

4) Ateus acham que tudo no universo surgiu por acaso.
Ninguém sabe como ou por que o universo surgiu. Aliás, não está inteiramente claro se nós podemos falar coerentemente sobre o “começo” ou “criação” do universo, pois essas idéias invocam o conceito de tempo, e estamos falando sobre o surgimento do próprio espaço-tempo.
A noção de que os ateus acreditam que tudo tenha surgido por acaso é também usada como crítica à teoria da evolução darwiniana. Como Richard Dawkins explica em seu maravilhoso livro, “A Ilusão de Deus”, isto representa uma grande falta de entendimento da teoria evolutiva. Apesar de não sabermos precisamente como os processos químicos da Terra jovem originaram a biologia, sabemos que a diversidade e a complexidade que vemos no mundo vivo não é um produto do mero acaso. Evolução é a combinação de mutações aleatórias e da seleção natural. Darwin chegou ao termo “seleção natural” em analogia ao termo “seleção artificial” usadas por criadores de gado. Em ambos os casos, seleção demonstra um efeito altamente não-aleatório no desenvolvimento de quaisquer espécies.
5) Ateísmo não tem conexão com a ciência.
Apesar de ser possível ser um cientista e ainda acreditar em Deus – alguns cientistas parecem conseguir isto –, não há dúvida alguma de que um envolvimento com o pensamento científico tende a corroer, e não a sustentar, a fé. Tomando a população americana como exemplo: A maioria das pesquisas mostra que cerca de 90% do público geral acreditam em um Deus pessoal; entretanto, 93% dos membros da Academia Nacional de Ciências não acreditam. Isto sugere que há poucos modos de pensamento menos apropriados para a fé religiosa do que a ciência.

6) Ateus são arrogantes.
Quando os cientistas não sabem alguma coisa – como por que o universo veio a existir ou como a primeira molécula auto-replicante se formou –, eles admitem. Na ciência, fingir saber coisas que não se sabe é uma falha muito grave. Mas isso é o sangue vital da religião. Uma das ironias monumentais do discurso religioso pode ser encontrado com freqüência em como as pessoas de fé se vangloriam sobre sua humildade, enquanto alegam saber de fatos sobre cosmologia, química e biologia que nenhum cientista conhece. Quando consideram questões sobre a natureza do cosmos, ateus tendem a buscar suas opiniões na ciência. Isso não é arrogância. É honestidade intelectual.

7) Ateus são fechados para a experiência espiritual.
Nada impede um ateu de experimentar o amor, o êxtase, o arrebatamento e o temor; ateus podem valorizar estas experiências e buscá-las regularmente. O que os ateus não tendem a fazer são afirmações injustificadas (e injustificáveis) sobre a natureza da realidade com base em tais experiências. Não há dúvida de que alguns cristãos mudaram suas vidas para melhor ao ler a Bíblia e rezar para Jesus. O que isso prova? Que certas disciplinas de atenção e códigos de conduta podem ter um efeito profundo na mente humana. Tais experiências provam que Jesus é o único salvador da humanidade? Nem mesmo remotamente – porque hindus, budistas, muçulmanos e até mesmo ateus vivenciam experiências similares regularmente.
Não há, na verdade, um único cristão na Terra que possa estar certo de que Jesus sequer usava uma barba, muito menos de que ele nasceu de uma virgem ou ressuscitou dos mortos. Este não é o tipo de alegação que experiências espirituais possam provar.

8) Ateus acreditam que não há nada além da vida e do conhecimento humano.
Ateus são livres para admitir os limites do conhecimento humano de uma maneira que nem os religiosos podem. É óbvio que nós não entendemos completamente o universo; mas é ainda mais óbvio que nem a Bíblia e nem o Corão demonstram o melhor conhecimento dele. Nós não sabemos se há vida complexa em algum outro lugar do cosmos, mas pode haver. E, se há, tais seres podem ter desenvolvido um conhecimento das leis naturais que vastamente excede o nosso. Ateus podem livremente imaginar tais possibilidades. Eles também podem admitir que se extraterrestres brilhantes existirem, o conteúdo da Bíblia e do Corão lhes será menos impressionante do que são para os humanos ateus.
Do ponto de vista ateu, as religiões do mundo banalizam completamente a real beleza e imensidão do universo. Não é preciso aceitar nada com base em provas insuficientes para fazer tal observação.

9) Ateus ignoram o fato de que as religiões são extremamente benéficas para a sociedade.
Aqueles que enfatizam os bons efeitos da religião nunca parecem perceber que tais efeitos falham em demonstrar a verdade de qualquer doutrina religiosa. É por isso que temos termos como “wishful thinking” e “auto-enganação”. Há uma profunda diferença entre uma ilusão consoladora e a verdade.
De qualquer maneira, os bons efeitos da religião podem ser certamente questionados. Na maioria das vezes, parece que as religiões dão péssimos motivos para se agir bem, quando temos bons motivos atualmente disponíveis. Pergunte a si mesmo: o que é mais moral? Ajudar os pobres por se preocupar com seus sofrimentos, ou ajudá-los porque acha que o criador do universo quer que você o faça e o recompensará por fazê-lo ou o punirá por não fazê-lo?

10) Ateísmo não fornece nenhuma base para a moralidade.
Se uma pessoa ainda não entendeu que a crueldade é errada, não descobrirá isso lendo a Bíblia ou o Corão – já que esses livros transbordam de celebrações da crueldade, tanto humana quanto divina. Não tiramos nossa moralidade da religião. Decidimos o que é bom recorrendo a intuições morais que são (até certo ponto) embutidas em nós e refinadas por milhares de anos de reflexão sobre as causas e possibilidades da felicidade humana.
Nós fizemos um progresso moral considerável ao longo dos anos, e não fizemos esse progresso lendo a Bíblia ou o Corão mais atentamente. Ambos os livros aceitam a prática de escravidão – e ainda assim seres humanos civilizados agora reconhecem que escravidão é uma abominação. Tudo que há de bom nas escrituras – como a regra de ouro, por exemplo – pode ser apreciado por seu valor ético, sem a crença de que isso nos tenha sido transmitido pelo criador do universo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

“A fé que faz bem à saúde”




Na edição da revista Época de 23 de março de 2009 trazia na capa a sua matéria “A fé que faz bem à saúde”. Em um país onde 99% das pessoas são religiosas foi uma sacada e tanto para vender mais revistas, mas o subtítulo me pareceu mais estarrecedor: “Novos estudos mostram que o cérebro é “programado” para acreditar em Deus – e que isso nos ajuda a viver mais e melhor”.

A matéria de Letícia Sorg começou bem elucidando a questão da “busca por explicações dos fenômenos” ser uma diferença básica entre nós e os animais, o homem primitivo acabava criando respostas sobrenaturais para os eventos que ele não entendia, o que na filosofia chamamos de pensamento mítico. Mas antes de chegar ao fim do primeiro parágrafo o artigo já me desagradou, simplesmente por que segue com a premissa:

Mas porque ela (Explicações sobrenaturais) desembocou na fé e no surgimento das religiões? Cientistas de diferentes áreas se debruçaram sobre a questão e chegaram a conclusões surpreendentes. Não só a fé parece estar programada em nosso cérebro, como teria benefícios para a saúde”.

O que há de errado aqui? Note que temos a afirmação de que “todos” os cientistas chegaram a essas conclusões (O que eu duvido muito) isso é uma “receita de bolo”, se você enfiar um “Está cientificamente comprovado” você atinge resultados incríveis com o publico, mas isso não é motivo para nos revoltar foi só um detalhe insignificante, o pior está por vir.

Segue um joguete de palavras, a frase de Charles Darwin é citada: “Uma crença em agentes espirituais onipresentes parece ser universal”, logo aparece outra colocação: “Somos predispostos biologicamente a ter crenças entre elas à religião”, mas essa segunda frase é de Jordam Grafman autor de alguns dos estudos que a reportagem aborda, contudo note que a frase de Darwin fica meio perdida aí, pare para pensar: o que Darwin disse foi apenas uma observação lógica, ele saiu viajando pelo mundo para fazer seus estudos e constatou que temos uma diversidade religiosa, mas isso não afirma em nada o que Jordam defende sobre “vocação inata para religião”, Na verdade nem o Jordam fala exatamente isso, pois há uma diferença em crenças (mito) e a tal religião, mas mais a frente vamos perceber isso.

Segundo a revista, Jordam chegou à conclusão de que a capacidade de crer em um ser superior possivelmente surgiu ao mesmo tempo em que a habilidade de prever o comportamento de outra pessoa o que é “fundamental para a sobrevivência e formação da sociedade” isso porque em sua experiência onde pessoas que liam frases sobre a existência de deus (A favor ou contra) e tinham seus cérebros examinados através de ressonância magnética, pode se constatar que a parte do cérebro que era ativada era a mesma usada para entender as emoções e as intenções de outras pessoas. Bem, eu não entendi porque ele chegou a tal conclusão diante desses fatos, me parece obvio que tal coisa aconteceria uma vez que as pessoas tratam deus como “outra pessoa” a se pensar. Por fim, eles acertam em afirmar que “deus é uma explicação eficiente para aplacar a necessidade de entender o que não se pode explicar com o conhecimento comum”, mas ainda bem que na história nem todos se contentaram com respostas fictícias e buscaram os “porquês” das coisas, assim surgiram filosofia e ciência superando de certa maneira a postura mítica de conhecer o mundo.

Surge um tal de Barrett autor do livro "Why woult anyone believe in God? "(Por que alguém acreditaria em Deus?) jogando a seguinte revelação: há evidências que sistemas religiosos ajudam a manter comunidades unidas! Serio? Precisaram fazer pesquisas para descobrir isso? Bem, é “obvio” qualquer grupo social tem tendência a ser unido, por isso são “um grupo”, Assim sabemos por que aqueles cinco “funkeiros” juntaram o outro rapaz de porrada quando ele esbarrou em um deles, Parabéns Barrett! Você é o cara! (Desculpe-me o exemplo apreciadores do funk, mas foi o primeiro que em veio a mente).
Aqui eu tive uma teoria, a mecânica é simples, você joga um monte de comentários óbvios e vende sua idéia falsa qualquer no meio, Assim você convence as pessoas! Que pena, mas isso não é original, na Grécia antiga já se usava silogismos tanto que Aristóteles desenvolve a lógica para combater esse tipo de discurso.

Mas Barrett não para por aí! Ele afirma que a mente das crianças são exemplos viáveis de como a fé se manifesta precocemente na vida humana! Usando uma experiência ridícula ele constatou que aos cinco anos crianças conseguem ter uma idéia da onisciência de deus. Acho que não seria necessário comentar a besteira dessa experiência como critério afirmativo de qualquer tese a cerca de deus, mas vamos lá: Bem, sabemos muito bem que crianças não são religiosas, (Ou deveríamos saber) você não pode dizer que uma criança é católica, mas sim que seus pais o são, da mesma maneira que um pai coloca a camisa de um time de futebol na criança e “condiciona” a criança a ser torcedora dele, a religião é “implantada” nas crianças, ouvimos falar em deus antes mesmo de entender o que são palavras e me parece perfeitamente lógico que aos cinco anos uma criança consiga ter uma idéia de que deus é um ser diferente ainda mais porque “papai do céu” fica triste quando fazemos algo ruim e ele sabe quando acontece! Ele sabe tudo.

Eis que surge Richard Dawkins, biólogo evolucionista e ateu militante apenas para ser usado como referencia para descaracterizar a crença religiosa como “mero efeito de estímulos eletromagnéticos em uma parte especifica do cérebro”, Uma pena queria ver algum comentário dele a cerca do assunto, mas não teve espaço, Afinal o objetivo era mostrar de uma maneira “incompreensível”, “enigmática” a questão da fé e o cérebro humano.

Surge um novo personagem, Andrew Newberg e o que eu ele nos traz de novo? Mais estudos científicos, Newberg estudou por 15 anos as manifestações cerebrais e constatou que as priáticas religiosas acionam partes do cérebro como os lobos frontais (responsáveis pela concentração) e os parietais (Que nos dão consciência de nós mesmos e do mundo) bem, em seu novo livro How God changes the brain (“Como deus muda seu cérebro”) A turma de Newberg aborda os efeitos da fé sobre o cérebro e a vida das pessoas e estudam os efeitos em longo prazo das práticas religiosas, ele inclusive lista técnicas de meditação para crentes e ateus praticarem, Opa! Sabe por quê? Meditação não precisa ser relacionada necessariamente a religião ou mesmo ser considerada um a prática religiosa, mas isso não fica claro em nenhum momento do artigo.

Newberg entra em jogo com as explicações de que ao meditar o tais lobos frontais ficam mais ativos, (Alô! Se o treco diz respeito à concentração, eu acho que é muito obvio que se meditarmos eles ficam mais ativado porque na minha ignorância entendo que meditar exige e é prática de concentração) e o lobo pariental fica menos ativo, aquela parte que diz respeito à noção de espaço e tempo, logo teríamos uma sensação de “atemporalidade” relatadas pelos religiosos místicos etc, Mais uma coisa obvia para você ter certeza de que está cientificamente comprovada.

Mas o que eu ganho com isso? Bem, Segundo esses cientistas a pratica de meditação favorece a uma boa memória e diminuição da ansiedade até aqui tudo bem, não é de se surpreender que isso aconteça, o problema é insistência no termo de “práticas religiosas” uma vez que eles mais tem focado a meditação que não é necessariamente uma prática religiosa.
Chegamos a uma parte que eu realmente estranhei, Dois estudos canadenses (mais estudos) mostraram que um teísta tende a se dar melhor com os próprios erros do que um ateu, isso por que nas experiências (que se resumiam a perguntar quais eram as cores) constatou que as erravam, a área do cérebro chamada “córtex cingulado interior” era ativada, o fato é que os ateus tinham uma maior atividade cerebral nessa área do que os teístas o que segundo Michael Inzlicht responsável pela pesquisa: “Quanto mais forte a religiosidade e a crença das pessoas menor era a resposta dessa região ao erro”.
Agora me explica aí, anteriormente estávamos vendo que atividade cerebral aumentada de alguma maneira era boa, (Na revista tem até as fotinhas do cérebro mostrando os níveis quando as pessoas meditavam ou oravam), já nessa experiência com ateus é algo ruim? Desculpem-me tamanha ignorância, mas não entendo os critérios, para mim isso mostra que um teísta tende a ser mais “conformista” que um ateu em relação aos próprios erros, o que não é necessariamente algo bom.

A matéria segue frisando que quem pratica religião tende a ter uma saúde melhor, surge argumentos como “A religião influencia hábitos mais saudáveis” pois tornaria mais fácil para a pessoa a resistir a tentações nocivas à saúde como álcool e fumo afinal “Para pessoas que acreditam na vida após a morte, pode ser uma decisão racional postegar os prazeres de curto prazo em nome da recompensa eterna” afirma Michael McCullough que estuda a maneira como religião molda a vida das pessoas. O raciocínio tem um sentido, mas me parece que na prática ele não funciona, afinal, se 99% dos brasileiros são religiosos, as porcentagens de alcoolismo e tabagismo ou mesmo qualquer outra prática nociva deveriam ser menores, resta saber ser o 1% de ateus tem uma vida saudável, o que me parece bem provável por experiência própria.

Na coluna lateral temos uma breve entrevista com o dito cujo, Andrew Newberg diz “O cérebro dos ateus é diferente”, contudo das quatro perguntas impressas somente a ultima tinha haver com a questão, mas notei algo que me surpreendeu, Newberg parecia outra pessoa com suas próprias palavras, enquanto a Época insistia com perguntas como “Existe alguma diferença entre catolicismo e budismo?”ele respondia: “Não olhamos exatamente para as diferentes religiões, mas para as diferentes práticas. A forma como você prática religião é mais importante do que as idéias religiosas em si.”

Sobre as diferenças do cérebro ateu e o do teísta ele foi obscuro: “Encontramos algumas diferenças, e também notamos diferenças dependendo do tipo de pratica religiosa. O problema é que nunca sabemos se aquelas mudanças estão lá porque a pessoa é religiosa há muito tempo ou se ela nasceu daquela maneira e, por causa disso procurou um tipo de religião ou meditação”.

O artigo termina com outra entrevista, dessa vez com Jordan Grafman dizendo “A crença é necessária”, Mais uma vez senti uma inclinação errada da Época insistindo com termos que não são exatamente o que os cientistas falam, ela pergunta: Somos biologicamente predispostos à religião? E Grafman responde: “Eu diria que somos predispostos biologicamente a ter crenças, e a religião é uma delas, mas não a única

A ultima frase da matéria é “A crença religiosa surgiu no cérebro antes de outras crenças, segundo pesquisas”, Mas o raciocínio que levou a essa conclusão supostamente de Jordam novamente é baseado em teorias e seus estudos não afirmam isso como ele mesmo diz: “Nossa hipótese é que a crença religiosa seja a primeira forma de sistema de crenças, que surgiu antes das outras”. Então temos mais uma coisa obvia cientificamente comprovada não acha? Não me parece surpresa que na história na humanidade nossos cérebros no processo de evolução biológica tenham passado por isso, afinal é como foi dito lá no começo da matéria, os homens primitivos quando não conseguiam entender algo inventavam as forças sobrenaturais antropomórficas, essas crenças/mitos só eram derrubadas conforme o pensamento filosófico/cientifico amadurecia o que me leva a pensar: Deve ser por isso que é tão difícil para as pessoas se libertarem dos vários mitos, por que é uma coisa enraizada, pensando assim até faz sentido os estudos desses caras.

O artigo termina sem acrescentar muito as nossas vidas, por que no final não basta crer em alguma coisa, o modo como você prática religião pode ou não levá-lo a uma vida mais saudável e lembrando que, os estudos focaram mais a meditação que não é necessariamente uma prática religiosa, resta esperar novos estudos para eles descobrirem que yoga também faz bem a saúde (Sim! Eles não estudaram se o yoga tem tais efeitos).

No final da revista encontramos um texto show de bola de Ruth Aquino intitulado “O besteirol da ciência é melhor que no senado”, achei super coerente e engraçado uma vez que poucas paginas atrás constatei o que Ruth ironiza, quem puder confira.


Abraço

sábado, 20 de junho de 2009

Sem tolerância para ateus




“É claro que todo o particular que persegue um homem, seu irmão, porque ele não tem a sua opinião, é um monstro.”
Voltaire – Dicionário Filosófico, 1764.

Certo dia na faculdade, estávamos estudando os textos de John Locke (1632/1704) filósofo inglês e precursor do liberalismo, até então um herói para mim, o cara era foda! Escreveu um livro inteiro pensando em todas as perguntas que se poderia fazer a ele sobre conhecimento humano, hoje superamos (De certa maneira) o conflito entre empiristas e racionalistas, mas se fosse para escolher um lado, lá estaria eu com uma camisa do Locke na militância empirista.

[Nessa época havia um conflito de correntes filosóficas sobre a questão do conhecimento humano, resumindo grosseiramente tratava-se do seguinte: Enquanto os Racionalistas defendiam que o conhecimento vem da mente sobre a realidade os empiristas eram do contra, o conhecimento é fruto da realidade sobre a mente, nascemos como uma folha em branco que lentamente é preenchida de acordo com as experiências, ou seja, “Nada existe no intelecto que já não exista nos sentidos” uma vez que o “todo o conhecimento depende da experiência, mas também está por ela limitado”]

Acontece que nesse dia em especial não estudávamos a questão do conhecimento e sim, um livro dele chamado “Carta sobre a tolerância” onde ele dizia basicamente que devemos “tolerar” o próximo, respeitar as diferenças e diversidade religiosa por exemplo. Até que ele me solta que todos merecem tolerância menos o ateu, pois ele não está vinculado a princípios morais para se poder confiar nele. Aquilo foi uma facada no coração para mim, logo você Locke? Mas isso serviu para eu me acostumar aos altos e baixos do mundo filosófico.

[Não me lembro exatamente, mas acho que ele exclui católicos por seguirem a um estrangeiro que seria o Papa e por sua intolerância para com as demais religiões.]

As pessoas insistem em associar princípios morais com religião, um erro muito grave porque basta alguma reflexão e podemos perceber que uma coisa não está inteiramente associada à outra e em alguns casos até são antagonistas como? Leia levíticos, o terceiro livro da Bíblia dentro do antigo testamento que tem teor “legislativo” onde fala que devemos matar homossexuais apedrejados ou que ter escravos é algo aceitável, ou semelhante ao alcorão onde Javé diz que tu deves matar quem não acredita nele, o “único e verdadeiro deus”, (Não vou deixar onde especificamente, pois acho muito produtivo que se leia ele todo, é hilário) Lembrando se que essas leis são supostamente escritas por Moises, mas definidas por Javé. Questões sutis que nos remetem ao simples fato de que as pessoas dizem acreditar, mas não sabem e nem lêem sua bíblia (Foco a questão cristã por ser nossa tendência cultural).

Então o ateu é um cara predisposto a corrupção, violência e maldade por não acreditar em deus? Sabemos que não é bem assim, conhecemos os casos dos padres pedófilos, pastores e médiuns que metem a mão no dinheiro de quem não têm tanto assim para jogar fora, casos que são clichês e viram piada de tão comuns (Evidentemente não vamos generalizar sabemos também que há pessoas de respeito e que nada tem haver com eventos assim e acabam sendo prejudicados pela reputação de seus companheiros de fé seja qual for), a questão é simples, ter religião não quer dizer que as pessoas sejam mais honestas ou “boas” do que quem não tem, parece obvio, mas muitas vezes não é.

A essa altura algumas pessoas pensam: E quantas vidas a religião salva? Por Zeus! Ainda se pensa em questionar algo assim? Eu diria: Quantas vidas a religião tira olhando simplesmente para o passado (Cruzadas, inquisição etc.) ou mesmo para nossa atualidade e os homens bombas de Alá, ah... Mas sem tocar nesses assuntos velhos e manjados, vamos olhar outra perspectiva, as pessoas não matam as outras porque este escrito no livrinho sagrado não, nós criamos regras sociais que condenam quem pratica um ato dessa envergadura, daí o contratual ismo dos homens, mesmo assim acontece, mas acontece também de um individuo religioso explodir em raiva e matar o irmão, acontece também!

Cristo trouxe concepções admiráveis de conduta humana, mas não foi o único, antes dele muita gente já tinha boas motivações olhe os filósofos gregos que se baseavam em reflexões para mostrar que o homem devia agir bem, não por imposição de uma entidade onipotente com sua justiça, mas por pura reflexão de sua conduta e existência, o que para mim é muito mais admirável, ser “bom” por que seu deus que te ama (Mas vai te condenar por toda eternidade se não fizer as coisas do jeito dele) diz que é assim que deve ser não é algo muito honesto
.
[Falando em cristo, não é contraditório ele dizer que do antigo testamento não se deve mudar uma vírgula e depois salvar Madalena dos homens que queria castigar-lhe? Afinal eles só estavam seguindo os mandamentos de Javé o “único e verdadeiro deus”, diga-se de passagem...]

Aff... Essas coisas me soam tão obvias que vejo com certa estranheza escrever tanto sobre isso, Mas como disse , escreverei aqui eventos que estejam associados ao meu cotidiano e basicamente relacionados ao tema ateísta.

Fico por aqui;
Abraço

“As novas opiniões são sempre suspeitas e geralmente opostas, por nenhum outro motivo além do fato de ainda não serem comum”.
John Locke

quinta-feira, 18 de junho de 2009


Por Zeus!
Exclamava Sócrates entre seus conterrâneos, Mas o filósofo com certeza não acreditava nas divindades do panteão grego e suas existências antropomórficas.

O mito surge entre os povos antigos para explicar as “causas” e “porquês” das coisas, situando o homem entre os demais seres e eventos da natureza que não podiam ser compreendidos completamente, as “verdades” míticas não precisavam ser provadas, pois não obedeciam às relações empíricas ou a lógica, basicamente eram fantasiosas e anteriores a reflexão filosófica e cientifica.

Quando os povos se defrontaram com os choques culturais o mito passou a ser questionado, afinal, quando um grego conheceu o mito do deus “Rá” dos egípcios, ele não poderia dizer por que seu deus do sol (Apolo) era o verdadeiro, não existiam provas e fatos para impor, e por mais que uma cultura mítica se assemelhasse a outra elas não podia coexistir como nas historias em quadrinhos de Sandman onde vemos do panteão nórdico ao chinês se encontrando.
Acrescente o fato do pensamento filosófico buscando os porquês de maneira mais sistemática e racional culminando em uma ciência que desvenda os mistérios da natureza e desbancando os deuses, mostrando que não há “Rá” ou “Apolo” flamejantes no céu, mas uma estrela cuja luz demora 8 minutos e 18 segundos para chegar a terra atravessando cerca de 150 milhões de quilômetros! Então percebemos como o pensamento mítico deixou de ser verdade para a maioria dos povos, se imortalizou como arte, como manifestação do espírito humano.
Embora muitos acreditem que a verdades cientificas tiraram a beleza das coisas (Tema abordado por Richard Dawkins em seu livro “Desvendando o arco-íris”) eu pertenço ao grupo que vê muita beleza no descobrir e compreender as coisas, não fui tocado pelo mito que adoro estudar (recentemente estou inspirado pela cultura nórdica), mas conheci como todos a religião, ou melhor, religiões e não fiquei convencido da superioridade delas sobre por exemplo, as idéias míticas.

Há diferença? Sim, embora em uma primeira vista não seja muito claro, o mito era uma manifestação cultural como a própria religião e a diferença básica encontramos na etimologia da palavra religião, que é “religar-se a” (Ponha aqui seu deus favorito) através de comprometimento com uma doutrina qualquer geralmente criada pelo tal deus, mas que foi colocada no mundo através de homens “inspirados” por ele.

A nossa incompletude, nosso “vir a ser” tão incompreendido nos leva a abraçar crenças confortantes, é geralmente preferível saber o final da nossa própria historia do que ter em mente a obscuridade do futuro não é? Saber para onde vamos após a morte dá certo conforto sobre o tormento que é ter consciência de que vamos morrer um dia...

Bem, não é tão simples assim...

Esse blog que inicio, tem como o ateísmo militante como influência, embora assuntos diversos possam ser abordados, pretendo tratar os temas relacionados à religião, fé, moral, deus etc. Você acredita que o mundo seria pior sem religião? Que as coisas poderiam ser piores sem ela? Pois bem, então temos muito a discutir, mas vamos fazer por temas mais específicos através desse blog.

Abraço a todos