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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"Se Deus não existe, tudo é permitido."


Variando um pouco “Por Zeus!” apresenta uma crítica de filme, é claro que sempre dentro do nosso assunto preferido: O mito de deus!
[Receita das religiões para sobreviver: porque se a gente ficar abordando a mesma coisa da mesma maneira perde a graça]

O filme: Ano um (Year one) [Produzido por Judd Apatow e estrelada pelos atores Jack Black e Michael Cera . O filme tem direção de Harold Ramis e tem no elenco os atores Jack Black, Olivia Wilde, Michael Cera, David Cross, June Raphael, Christopher Mintz-Plasse, Hank Azaria, Oliver Platt]

O humor de Jack Black é legalzinho, mas acho que ele anda meio fraco de uns tempos para cá, contudo, Devo ressaltar pontos que achei engraçados além de “filosóficos” nessa comédia que aborda eventos bíblicos e vai nos levar a reflexão de hoje:

Sinopse: “Zed” estava cansado de ser um Zé ninguém em sua aldeia e decide comer o "fruto proibido", acontece que além de não ganhar qualquer poder ,ele é expulso da aldeia e parte pelo mundo a fora com seu amigo “Oh”,onde começam a encontrar personagens bíblicos como Cain e Abel, Abraão etc.


Cain é um personagem bacana uma vez que é um tremendo de um sacana. Mas o mais legal do filme talvez sejam os eventos sobre a figura de Abrão, um messias que parece mais um louco desses que encontramos nas ruas falando sobre deus, tanto que em determinando momento (Quando Abrão fala que todos devem ser circuncidados) Os protagonistas fogem dele na direção da famosa Sodoma.

Mas Oh lembra que: Ele disse que Deus ia ferir Sodoma com fogo sagrado!

E Zed sabiamente responde:
Deus também disse para ele cortar a ponta de seu pinto!

Zed busca por iluminação, na verdade acredita que já tem, enquanto Oh adota uma postura de estranheza e medo diante de todos os acontecimentos bizarros, ele parece ser o único que "pensa" embora pareça um bobo.
(Eles matam virgens em sacrifício para deus! Por que?)

Em determinado momento, Zed reconhece que não tem a tal iluminação e decide falar com deus em vão, o que leva a um diálogo no mínimo interessante:

Oh: Já lhe ocorreu que deus não está aqui?
Zed: Ele pode só ter se afastado.

Oh: Por quê?

Zed: Coisas de deus...

Oh: Qual o ponto de ser deus se você deixa as coisas acontecerem? Permita-lhe apenas colocar algo. Talvez deus não exista.


Definitivamente adorei essa colocação, “Talvez deus não exista”, será que sem deus as coisas perdem sentido? Ou como diria Dostoesky:

"Se Deus não existe, tudo é permitido."

É esse infeliz pensamento que distancia as pessoas da razão e as afoga na ignorância, deus muitas vezes serve como subsidio para justificar a “ordem”, contudo além de muitas vezes tal crença na verdade acabar gerando conflitos e intolerância, Nós podemos atingir “ordem” e “harmonia’ pela própria razão.

O filósofo Rousseau (1712/1778) acreditava que o homem selvagem por falta de sabedoria e razão, entrega-se ao primeiro sentimento de humanidade e que foi a sociedade moderna que o corrompeu. Bem, eu acho que ele acreditava no paraíso da bíblia, porque é uma visão muito romântica sobre o homem primitivo.

Já Thomas Hobbes (1588/1679) entendeu que construímos a sociedade por meio de um contrato social, e isso se dá pelo ato de razão (Capacidade de “pensar)’, o que nos difere dos animais é isso, inteligência, não precisamos nos matar, podemos viver e dividir e isso não sentido verdadeiro quando não vem da sua razão, da sua compreensão... Quando parte do principio religioso na verdade é uma “barganha com deus”, ou seja:


Vou ser bonzinho para não ir para o inferno, pois deus me ama, mas vai me jogar lá por toda eternidade se eu não fizer as coisas do jeito dele...


Por Zeus!


E muitas vezes ser bom e viver de acordo com os mandamentos de um livrinho qualquer não significa na prática ser uma pessoas sociável nos padrões de hoje em dia, só para lembrar, homens bombas se explodem em nome de um deus, mas nosso deus ocidental também não é muito pacifico, porque ele também manda matar quem não o aceita como único e verdadeiro, a diferença entre nos e os explosivos crentes de lá, é que tivemos revoluções religiosas e eles não, além de não lermos ao pé da letra (Embora eu não veja interpretações diferentes da literal quando leio levídicos por exemplo)
[No fim qual é o verdadeiro deus? O deles ou o nosso? A gente vai se dar mal pela eternidade se escolhemos errado! Ah! Mas você pode ter certeza que o deles é de mentira não é? isso porque você nasceu aqui, se tivesse sido lá, estaria se explodindo com sorriso na cara.]


Mas “supondo” que deus existe (tipo o do novo testamento) e que tudo é só amor como diz seus fieis, o que você acha mais valido, ou melhor, o que você acha que ele vai julgar como melhor: você ser honesto porque não quer ir para um inferno, ou porque encontrou reais motivos lógicos para não ser um cretino mesmo não crendo nele?

[A principal característica da religião é a hipocrisia]

Você entendeu não é? rs


Acho que divaguei e me esqueci do filme rs


Então para finalizar, nota para a colocação final do filme onde Zed dá uma palavrinha com as pessoas:

Não sou o escolhido, me desculpem pensei que fosse...
Mas vocês não precisam de mim, acho que podemos construir nosso destino...
Sim , talvez possamos ser todos o escolhido!
Você, e você.
Escolha seu caminho jovenzinho!

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