Recentemente uma discussão me lembrou de uma velha questão que a muito já deveria ter sido postada por aqui, mas só fui encontrar as reais motivações ao ver um filme:
“Arraste-me para o Inferno”
Além de sofrer “azar”, a protagonista é vitima de ações físicas de uma demoníaca entidade do inferno após ser amaldiçoada por uma cigana/bruxa, senão fosse o tom “trash” teríamos um filme de terror de peso como grandes clássicos de antigamente, mas isso ficou limitado a homenagens sutis.
A questão: Em que consiste o “poder” de “amaldiçoar” uma pessoa?
Na nossa crendice popular essencialmente enraizada na cultura africana com aquele papo umbanda, Nós ouvimos freqüentemente sobre o “poder do mau olhado”.
Por sinal, aqui temos a idéia do “São Jorge do Dragão” inspirado no São Jorge de Capadócia, santo mártir católico venerado nos outros paises que não tem muito haver com a versão “Ogum”.
[Não sabe a diferença entre eles? Veja aqui]
Não importa o quanto um padre diga que se você acredita em deus não deveria temer essas coisas, (O que é lógico! Pense, deus todo poderoso e bondoso vai deixar um “Zé ninguém” espiritualista amaldiçoar uma pessoa de bem por pura inveja? Sem sentido algum não é?) o povo adora essa crendice, ela soluciona muitos dos nossos problemas “misteriosos” do nosso contidiano sacou? As coisas estão indo mal? É o olho gordo do vizinho...
De fato, podemos influenciar as pessoas, mas isso não significa que haja qualquer sentido místico, exemplo? Alguém faz um comentário cretino que me deixa muito mal, vou trabalhar e por causa desse “estado de espírito” eu faço uma besteira e sou mandado embora, foi mal olhado do fulano? Ou eu que não soube trabalhar aquele estranho comentário? Certamente é mais fácil culpar alguém...
Às vezes, não precisamos de palavras, olhares já dizem muito e podem nos deixar cismados, contudo, a vida é cheio de altos e baixos, sempre pode aparecer uma “nuvem negra”, isso é perfeitamente normal, mas às vezes achamos que só é com a gente e esquecemos dos bilhões de outras vidas que existem no nosso mundo...
[O mito da “Lei de Murphy” (Aquele papo de que “Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira possível, no pior momento possível") surge justamente pela semelhança de casos engraçados, mas que no final sabemos que não tem qualquer sentido real, ou seja, seu Cd favorito quebrou? Você acha que foi o olho daquele carinha que queria emprestado? Bem, pense em quantas pessoas no mundo perderam um Cd favorito e quantas outras não e estão ouvido eles nesse momento... ]
Algumas pessoas são carregadas de uma “energia negativa”, mas será que isso tem algum sentido místico ou puramente instintivo da nossa parte? (Por que os animais sentem sim, seus instintos são muito mais apurados que os nossos e eles percebem o perigo, tanto que vi recentemente que um pesquisador tenta usar “cobras” para “prever” os terremotos, quando um terremoto poderoso vai ocorrer, eles ficam batendo a cabeça contra rocha/parede até morrer...).
Existe uma vertente que propõe algo até com sentido: segundo esses “estudiosos” a mente humana influencia a composição da água, (Experiências mostravam que ao rezar a água reagia de determinada maneira e quando se pensava em ódio de outra muito caótica por sinal) a questão deles é, se meu pensamento faz isso com a água, imagina o que ela não faz com você uma vez que somos compostos por 90% água?
[Essa estatística é bem exagerada, varia muito, mas somos compostos em grande parte por água mesmo, Em média 70%].
Bem esses “visionários” vendem “água com amor”, sim, água engarrafada com a energia positiva do amor!
Por Zeus!
[Eles podiam inventar sabores: alegria, paixão, dor para os masoquistas etc... Seria genial!].
Essas besteiras de pseudociência são trabalhadas inteligentemente em um blog que adoro, “O Dragão da garagem” essencialmente nas postagens “Guia cético para assistir ao “Quem somos nós?” e “O Segredo”, mas recomendo uma leitura dos demais temas.
Nós nos influenciamos simultaneamente o tempo todo, mas isso não significa que haja qualquer energia “mística”. Alguns fatos são facilmente explicados por alguns segundos de reflexão, muitos podem ser abordados como simples coincidência (O que faz a Lei de Murphy ser tão popular, por exemplo).
Mas realmente pode acontecer de alguns casos definitivamente serem “misteriosos” e “insolúveis” pela ciência, mas a ciência tem mais o que fazer além de tentar explicar porque sua planta favorita morreu do nada...
...
Se bem que sim, a ciência estuda como as plantas reagem ao pensamento humano:
“Várias experiências comprovam a exteriorização e ação da energia corporal humana em plantas e animais pequenos em duas Universidades de Montreal, no Canadá. As experiências do Dr. Richard da Silva, com bacilos da tifóide. No próprio Clap, desde 1977. Todas mostram que há influência sim, mas só de bem perto. Portanto, nem pense em atribuir o que aconteceu (Morte da planta) a feitiços e feiticeiros. Que não têm poder algum.”
[Fonte: CLAP]
Ou seja, essa “energia” é mais biologicamente explicável do que poderes “místicos” propriamente ditos, embora eu prefira ver isso como alimentos mentais mal recebidos, como nós recebemos as impressões das pessoas e consequentemente reagimos a elas.
Conclusão?
Não existem pessoas com poder consciente para executar o tal “mal olhado” e mesmo aquelas que inconscientemente exteriorizam sua energia corporal improvavelmente serão responsáveis por uma maré de azar na sua vida...
PS: Em um mundo onde o sobrenatural é tão “comum”, é engraçado que ninguém tenha ganhado o 1 milhão de dólares que James Rand oferece para quem demonstrar qualquer ato “sobrenatural inexplicável” .
No Brasil, oferece-se 10 mil...
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