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quinta-feira, 18 de junho de 2009


Por Zeus!
Exclamava Sócrates entre seus conterrâneos, Mas o filósofo com certeza não acreditava nas divindades do panteão grego e suas existências antropomórficas.

O mito surge entre os povos antigos para explicar as “causas” e “porquês” das coisas, situando o homem entre os demais seres e eventos da natureza que não podiam ser compreendidos completamente, as “verdades” míticas não precisavam ser provadas, pois não obedeciam às relações empíricas ou a lógica, basicamente eram fantasiosas e anteriores a reflexão filosófica e cientifica.

Quando os povos se defrontaram com os choques culturais o mito passou a ser questionado, afinal, quando um grego conheceu o mito do deus “Rá” dos egípcios, ele não poderia dizer por que seu deus do sol (Apolo) era o verdadeiro, não existiam provas e fatos para impor, e por mais que uma cultura mítica se assemelhasse a outra elas não podia coexistir como nas historias em quadrinhos de Sandman onde vemos do panteão nórdico ao chinês se encontrando.
Acrescente o fato do pensamento filosófico buscando os porquês de maneira mais sistemática e racional culminando em uma ciência que desvenda os mistérios da natureza e desbancando os deuses, mostrando que não há “Rá” ou “Apolo” flamejantes no céu, mas uma estrela cuja luz demora 8 minutos e 18 segundos para chegar a terra atravessando cerca de 150 milhões de quilômetros! Então percebemos como o pensamento mítico deixou de ser verdade para a maioria dos povos, se imortalizou como arte, como manifestação do espírito humano.
Embora muitos acreditem que a verdades cientificas tiraram a beleza das coisas (Tema abordado por Richard Dawkins em seu livro “Desvendando o arco-íris”) eu pertenço ao grupo que vê muita beleza no descobrir e compreender as coisas, não fui tocado pelo mito que adoro estudar (recentemente estou inspirado pela cultura nórdica), mas conheci como todos a religião, ou melhor, religiões e não fiquei convencido da superioridade delas sobre por exemplo, as idéias míticas.

Há diferença? Sim, embora em uma primeira vista não seja muito claro, o mito era uma manifestação cultural como a própria religião e a diferença básica encontramos na etimologia da palavra religião, que é “religar-se a” (Ponha aqui seu deus favorito) através de comprometimento com uma doutrina qualquer geralmente criada pelo tal deus, mas que foi colocada no mundo através de homens “inspirados” por ele.

A nossa incompletude, nosso “vir a ser” tão incompreendido nos leva a abraçar crenças confortantes, é geralmente preferível saber o final da nossa própria historia do que ter em mente a obscuridade do futuro não é? Saber para onde vamos após a morte dá certo conforto sobre o tormento que é ter consciência de que vamos morrer um dia...

Bem, não é tão simples assim...

Esse blog que inicio, tem como o ateísmo militante como influência, embora assuntos diversos possam ser abordados, pretendo tratar os temas relacionados à religião, fé, moral, deus etc. Você acredita que o mundo seria pior sem religião? Que as coisas poderiam ser piores sem ela? Pois bem, então temos muito a discutir, mas vamos fazer por temas mais específicos através desse blog.

Abraço a todos

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