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segunda-feira, 19 de abril de 2010

"O livro de Eli"




Acabei de ver no cinema o filme “O livro de Eli” por um contexto até interessante, era ele ou “Chico Xavier” e eu queria ver o Chico para fazer uma postagem sobre espiritismo aqui, vai ficar para a próxima, pois embora eu e meus amigos fôssemos cativados pela ideia de um filme de ação, O livro de Eli rendeu uma série de reflexões inesperadas que tudo tem a ver com nosso blog tanto quando Chico Xavier provavelmente vai ter...


Por que?


A história:


“Num futuro pós-apocalítico, um homem solitário atravessa os EUA para proteger um livro que guarda os segredos da salvação da humanidade.
(The Book of Eli) EUA, 2010. Direção: Albert e Allen Hughes. Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Gary Oldman. Duração: 118 min.”


Esse é o resumo básico do filme que peguei no site do “
Omelete” que faz uma crítica do filme dando 4 ovos em uma escala de 5! Por sinal vou usar a criíica deles para comentar a minha que puxa para outro lado:

A questão básica: “O livro de Eli” é a bíblia! Sim, O antigo testamento e alguma referência indireta ao segundo, na trama do filme nos é dito que esse futuro apocalíptico foi culpa dos homens com base nas escrituras sagradas... guerras em nome da fé etc .

O que é uma questão atual e bacana.
A consequência disso foi que após o “Flash” destruidor, os homens saíram por aí destruído todas as bíblias daí o fato da ultima estar na mão do “inspiradoEli (Denzel Washington) que ouvindo uma "voz dentro dele" e inicia a marcha para leva-la ao oeste em uma missão não muito clara nem para ele mesmo, mas a "fé" como o próprio personagem diz é o que dá força ...

Eis o antagonista que me foi a pegada mais bacana do filme, Carnegie (Gary Oldman), é obsecado em encontrar a bíblia, ele é como o senhor de uma cidade nos filmes de velho-oeste “westerns” , Suas motivações não são nobres, ele sabe que nesse livro há um “poder” de controlar “massas” e ele estenderia seu domínio além de sua cidadezinha, porque como ele mesmo diz, os “fracos” são facilmente domados pela poética ilusão dos escritos ...

Não sei se é o Gary Oldman sempre brilhante, mas o personagem chama atenção.
Contudo, Eli sabe ou intui de sua "iluminação" interior que não é ali que deve ser entregue o livro daí nossa aventura com poucas porem belas sequências de ação sempre com ganchos para a interpretação de que ele está “protegido” , balas “estranhamente” não o acertam não porque ele é um herói de filme, a ideia é para o telespectador desenvolver tirando suas próprias conclusões...
[Para mim que sou ateu, ele limitou-se a ser um herói de filme de ação daqueles bem estranhos onde as balas nunca acabam e o mocinho é o único que acerta...]

Difícil de dizer por que o filme é ruim, pois tem vários elementos de um bom filme... Mas minha sacada é mais filosófica e principalmente ateia, veja bem, embora ele nos cative com alguma reflexão como a crítica do Omelete diz:

“Teria sido a tal guerra que devastou tudo a temida Guerra Santa? Foi por isso que todas as Bíblias foram queimadas? É apenas a fé que protege Eli, ou Algo mais? O fato de Carnegie querer usar o Velho Testamento em seu próprio benefício seria uma crítica a um recente habitante da Casa Branca, que invocava Deus para invadir países mundo afora? São estas e outras questões deixadas no ar que provocam discussões e ajudam a tornar uma obra em algo superior”


O desfecho de querer reconstruir o mundo (Espalhar “a palavra” novamente) com base nas escrituras não seria contraditório com o resultado que a humanidade encontrou?

Por Zeus!

Será que não seria mais interessante usar da Filosofia ou pensadores mais racionais e claros pra reconstruir a civilização do que um livro poético contraditório e incoerente como a bíblia?
Se as pessoas não têm cabeça para entender filosofia e a “República” de Platão, por exemplo, não fosse cativante, poderia pegar ideias "espiritualistas" mais inteligentes como o budismo quem sabe?

A questão é: o filme propõe nas entrelinhas a crítica ao fanatismo religioso, mas resgata e enfatiza a visão equivocada da bíblia como “o livro do bem” , se você nos acompanha, leu a bíblia, ou algum livro descente que tenta abrir sua mente, sabe que isso é uma caricatura e uma ideia bem hipócrita... Se o mundo pudesse começar do zero, a bíblia seria um dos menos indicados livros para ajudar a guiar a humanidade em um caminho melhor...


[Se você pegou o bonde andando aqui, e não entende minha afirmação, de uma olhada nas postagens anteriores, ou melhor... leia a bíblia... Mas leia de verdade, não só as partes “pops” e “bonitinhas” ]

Fora isso, gostei...
Abraço


PS: Eli é o Zatoichi do futuro! Pqp!

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Fala marcos!!!
    na minha proposital ignorância, a la Raul Seixas,
    Entendo porque a bíblia foi a escolhida. (Quem é Platão?) a bíblia, segundo os próprios, caminha para seus dois mil aninhos, e o que ela conseguiu com isto foi a maior disseminação de devotos crentes do mundo, deve ter alguma formula nisto, talvez a mente vazia absorva com mais facilidade, as visões caricatas da bíblia, ao Platão com sua filosofia. Bom, não sei!
    Mas no filme entendi que tem dois motivos para utilizar a mesma. Na visão do vilão ela se tornaria o instrumento de domínio, ele a modificaria a seu gosto, mostraria o que achasse importante e esconderia o resto. A linguagem da bíblia já é inspiradora, ainda nas mãos de alguém com personalidade para tal. (me lembra muito o que algumas religiões tem feito), no final ele teria sua própria bíblia, "O livro de Carnegie". Ao contrario Eli acreditava que as pessoas estavam passando por tudo aquilo por que já não tinham mais esperança, se não tem algo em comum para compartilhar/acreditar não se unem e não ha sociedade.
    Tenho certeza que o Platão também estava la naquela prateleira, talvez já ate o tivessem tentado difundir. mas as pessoas precisam ter escolha, e la ainda faltava uma.

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  3. Nada haver sua critica, acho que você não soube interpretar as passagens da Bíblia e muito menos entender esse filme.

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