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domingo, 30 de outubro de 2011

Por que condenar o cara que acredita em Jesus ET?




O Agora é tarde do Danilo Gentili é um dos meus programas favoritos!

Essa semana teve uma entrevista com o autor Leo Mark que defende em seu livro uma origem extraterrestre para Jesus... (Veja a repercussão disso em uma pagina gospel clicando aqui)

Na verdade isso não é novidade, o escritor Erich von Däniken defende algo parecido no livro “Eram os Deuses Astronautas?”.

Em 2003, Dom Fernando Pugliese, bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira se rebelou contra o “complô” que tenta mascarar a origem extraterrestre de Cristo... Sério!
[Nunca ouviu falar em uma seita religiosa americana que prega isso como dogma? Mas tem! Na época da Ovelha Dolly eles falaram que estavam fazendo o primeiro clone humano rs]

Segundo o Erich Von Daniken :

"Milhares de anos atrás, quando nossos antepassados eram da idade da pedra, alguns extraterrestres visitaram a Terra."

O que explicaria monumentos como as pirâmides do Egito!

"Os extraterrestres difundiram a sabedoria para construí-los e talvez a tecnologia para viabiliza-los."

[Quero ler esse livro nas férias e depois vou postar aqui como comentário com minhas impressões rs]

Veja mais sobre isso aqui no CUB : Centro de ufologia brasileiro.
(Por sinal, de onde retirei nossa imagem de hoje)

O que me chamou atenção foi que uma das teses seria de que o “Santo Sudário” é a “prova” de que Jesus teve contato com ETs diz Mark:

“Cientistas do mundo inteiro tentam saber de onde surgiu aquela imagem do sudário”, disse o autor que é ateu.

Bem, Esse “Santo Sudário” é mesmo polêmico. Na verdade, não sei por que nunca comentei sobre ele aqui, então vamos lá:

O dito cujo é aquele pedaço de pano (Ok! Peça de “linho” rs) com uns borrões discretos de sangue que formam a imagem semelhante ao do “cristo” passado para nós. Muitos acreditam que esse tecido tenha sido usado para cobrir o corpo de Jesus após sua morte e uma relíquia desse porte não passaria despercebida.

Com muito custo a igreja liberou a peça em 1977 para algumas análises científicas, mas não ao exame definitivo que seria o tal “Carbono-14”.
[A datação por carbono-14 apresenta uma margem de erro de 0,4% para materiais com até 10000 anos de idade! Clique aqui para saber mais]

Somente em 1988 o carbono-14 foi usado para descobrir a idade da peça, o resultado? Os três laboratórios que fizeram o exame chagaram a conclusão de que o tecido foi feito na época medieval (Precisamente por volta de 1260/1390). O que faz um tremendo sentido, já comentamos aqui em Por Zeus! Sobre a época medieval, onde indulgências eram comuns, itens sagrados eram vendidos pela igreja, regras novas eram “criadas” como a questão do “purgatório” por exemplo etc.

Acabou não é?

Claro que não!

Várias teorias foram levantadas para desclassificar o resultado do Carbono-14 de modo a resgatar a “sacralidade” da peça. (Veja clicando aqui)

Bem, tudo isso cai naquele velho papo:

“Você não pode provar que meu amigo invisível não existe!”

Então tá, vamos voltar para “a origem extraterrestre de Jesus”;

Se você ficou horrorizado com Mark saiba eu ele não é muito original, esse papo já existe há muito tempo, tanto que alguns quadros antigos da época medieval, por exemplo, tem misteriosos “objetos voadores não identificados” no meio de pinturas sagradas, que deram margem para muita gente achar que aquilo já era uma mensagem “diferente”.

Achar que eles (ETs) estão por trás de tantos eventos misteriosos no mundo não deixa de ser uma possibilidade...

Por Zeus!

Cientificamente falando, existe uma possibilidade infinita de haver vida em outros planetas. O que é mais plausível do que tentar provar isso com base na bíblia que por si só é extremamente questionável...

Antes de crucificar o Leo Mark pense no que faz mais sentido...

Por mim, não é acreditar em jardins mágicos com serpentes falantes...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Qual é a do sincretismo se há intolerância religiosa?




Sabem, eu estava pensando, Qual é a do sincretismo no Brasil?

Bem, vamos por partes: Sincretismo é uma fusão de doutrinas de diversas origens, normalmente se tratando das crenças religiosas.

A origem do termo é bem bacana, Para variar do grego e segundo o Wikipédia:

“A origem se deve provavelmente a Plutarco no capítulo "Amor Fraternal" no seu "Moralidades", onde comenta que os cretenses esqueciam as diferenças internas a fim por exemplo de se unir a combater um mal maior. Então sincretismo é agir como os cretenses agiam, unir coisas dispares apesar das diferenças a favor do que é semelhante (cretenses eram antes das diferenças cretenses).”

Para conseguir arrebanhar mais ovelhas, a igreja no passado teve a sacada do sincretismo, afinal, os nórdicos eram bem enraizados com seus mitos, então não custava fazer “pequenas adaptações” de modo a convencê-los de que o cristianismo era a melhor religião.

[Afinal se eu acredito que tudo foi criado por um grande deus de macarrão, uma religião que chegar até mim falando que prega um deus de macarrão talharim terá mais chance de me ganhar do que uma que fale em um deus de queijo rs]

Mas enfim, deixando o sincretismo histórico, vamos falar do sincretismo no Brasil, em uma postagem anterior eu comentei sobre a Intolerância religiosa, onde caçoei do fato de um católico que vai a missa no domingo e no almoço vai discutir o que teria sido em outra vida. Piada zuando o fato de que se você é católico, não poderia defender a tese de reencarnações, mas no Brasil as pessoas ignoram essas “peculiaridades”, moldando a religião conforme lhe é mais “cômodo”.
(Leia clicando aqui, ou entenda a piada clicando aqui)

O mais chocante dessa situação, é que o povo consegue ser tão besta fechando os olhos para esse sincretismo na nossa cultura e ainda sim ser intolerante em relação à outra religião!

Notem que nossa cultura (Brasileira) é um misto de tanta coisa que é bizarro que haja qualquer tipo de preconceito entre nós até mesmo o religioso.
[Só que muitos preconceitos vão ter base religiosa, como por exemplo a homosexualidade]

Mas vocês com certeza já ouviram um católico caçoar de um evangélico ou vice-versa...

Eu por exemplo certa vez ouvi um católico dizer:

“Para eles (crentes) Jesus não teve mãe”

Exaltando a tendência (Ainda atual) da igreja católica de enfatizar Maria como se isso fizesse de sua crença "melhor" ou mais válida do que a do colega evangélico. [Por sinal, ouvi dizer que tev um movimento na igreja que queria equivaler sua santidade (Maria) à de Jesus! Mas isso eu não investiguei rs]

Espíritas costumam ser os mais moderados, afinal, é bem difícil conciliar suas teses com textos bíblicos que condenam suas práticas em várias passagens, mas ainda sim, existe um espiritismo cristão em oposição ao umbandista por exemplo.
[Leia a postagem sobre Espiritismo clicando aqui]

Enfim, a maioria das pessoas não tem 100% de sua religião ativa no padrão de suas vidas, mas quando são questionados vão assumir uma religião cujos preceitos talvez nem entendam direito, mas ainda sim, muitos se sentem no direito de condenar o colega da outra religião.

O sincretismo ganha vida quando um indivíduo percebe que não tem cabimento seguir sua religião 100%, aí ele passa a “pecar” seguindo uma margem de erro.

Por Zeus!

E se o povo misteriosamente não respeita a religião alheia, o que dirá em relação a uma pessoa que se assuma como ateu?

Bem há pouco tempo um cara que eu sou muito simpatizante, Nando Reis declarou ser ateu e foi bombardeado por críticas como:

Em breve, Deus tirará a voz dele e ele vai viver de que? Esse é o cara mais idiota que já presenciei.

Sentiram o drama? O religioso costuma se ver como o “bom e justo” protegido por seu deus, na prática não age de forma tão bondosa muito menos justa.

O pastor Michael Stahl, da Flórida (EUA) chegou a sugerir um cadastro de ateus (veja clicando aqui) pois compara os ateus aos criminosos sexuais, terroristas, radicais islâmicos, etc. que são cadastrados pelos órgãos de segurança.

(Risos)

Ou seja, Ser ateu então é quase como ser um “X-men”! (Piada Nerd)
Qual o nosso poder perigoso?
Promover a razão e a reflexão sobre as crenças e dogmas...

Afinal, se você tem o direito de dizer que acredita em qualquer religião, eu tenho direito de não crer em nenhuma...



De boa, Deveríamos resgatar então o sentido do “sincretismo” original (grego), mas parece que "religiosamente" falando é bem improvável...



Abraço.