Pesquisar este blog

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Freud explica...



Tirinha do site: Um sábado qualquer




Em “Gaia ciência”, Nietzsche apresenta deus como “A nossa mais longa mentira”, hoje eu concluo que a maioria das pessoas finge que acreditam a tanto tempo que se acostumaram com a mentira.

[O que me lembra que os mais fanáticos crêem de verdade, ao ponto que são capazes de anular qualquer razão em nome da fé o que costuma ser bem explosivo].

Os que fingem ter fé fazem grande parte da porcentagem dos teístas, são os crentes por conveniência... O “desconfiometro” é algo que não está em falta, está quebrado nas pessoas.
Talvez seja instintivamente causada pela noção de bilhões de seres humanos, a pessoa se vê como um grão de área, um nada e começa a criar problemas ou buscar algo que a faça se sentir destacada, ou melhor, importante;

Quando digo “criar problemas” me refiro ao dom que muitos tem de transformar suas vidas em novela, criando “tramas’, a cretinice consiste em por exemplo: Achar que o vizinho ou tal parente lhe quer mal, que fez ou deixou de fazer algo para lhe prejudicar, mas deus está do lado “seu lado” e eles vão pagar... Como se deus fosse aliado apenas de ti, porque és o correto e justo (O protagonista da novela!).
[E na maioria das vezes o “alvo” também está pensado a mesma coisa do outro ou simplesmente nem pensa na pessoa o que não seria de se surpreender]

Em pessoas mentalmente saudáveis a crença em deus pode resolver esse problema existencial (De se sentir um grão de área), pois compreendem a natureza da fé e o modo como se relacionam com deus não se assemelha ao vicio com drogas como costuma acontecer com a maioria das pessoas que se dizem religiosas, como meu exemplo de paranóia de gente fútil que acredita que os outros não tem mais nada do que fazer além de pensar nelas.
[Engraçado que todos os exemplos reais que conheço de gente assim, a pessoa mal tem onde cair morto e acha que estão lhe invejando...]

A ignorância ou patologia mental vai além desses jogos dramáticos das relações humanas, cai no desespero da falta de razão, Veja esses programas de “pessoas de fé”, onde todo mundo sai curado, sobe lá uma vovô com dores na coluna (o que é normal) e todo mundo reza e “deus cura” a dona, bem, temos estatisticamente falando, alguma pessoa sendo morta ou estuprada por um maníaco em algum lugar do mundo nesse exato momento e deus não está lá porque teve que cuidar da dor de barriga da tia ali... Vocês estão me entendo?

Por Zeus!

O mundo não gira em torno do umbigo de ninguém, mas parece que isso não é algo fácil de entender, afinal é muito confortante achar que tem um deus preocupado com você mesmo tendo seis bilhões de pessoas no mundo, os seus problemas são importantes para ele, essa dor de cabeça “misteriosa”, essa dor na perna, a falta de emprego... E aquela criança esquelética, com traços humanos que está morrendo de fome em algum canto da África? Esses cultos estão ocupando deus demais para que ele possa olhar por elas...
[Talvez fosse mais prático para deus fazer o SUS funcionar melhor...]

Em resumo, estamos falando de gente que não encara a realidade e vive em mundo de sonhos, são crianças no sentido ofensivo da expressão, Niezsche de certa maneira está envolvido com a gênese da psicologia, (não porque ficou louco) mas porque já analisava a cultura em um sentido bem psicológico, Ele percebia essa hipocrisia generalizada, algo que realmente é nauseante, sim também me da náusea...

Achei hilário quando li que Michel Onfray considera a religião como uma patologia, o que na verdade nem é tão original, porque Freud já nos explicou isso, embora muito da teoria freudiana já tenha sido revisada algo permanece apenas questionável individualmente, a questão de deus, Para ele que é considerando por muitos como o pai da psicologia a religião é uma “neurose do tipo infantil”, deus é uma amplificação de um “pai”, porque as pessoas não conseguem “encarar” o mundo em sua forma real... Daí a frase:

“O homem não pode continuar sempre criança; deve por fim aventurar-se na vida hostil”

Ou ...

“A crença em Deus subsiste devido ao desejo de um pai protetor e imortalidade, ou como um ópio contra a miséria e sofrimento da existência humana.”
(Sigmund Freud)

Consequentemente, a definição de ateísmo é a maioridade do homem, e com base nos exemplos de pessoas que encontro/vejo frequentemente, isso faz um sentido absurdo...

Aff, hoje não estou muito bem...

Abraço


PS: Culpar uma “entidade” pelo mal do mundo tirando a responsabilidade dos nossos atos nunca me pareceu muito inteligente, sempre me pareceu algo bem infantil e engraçado como a tirinha que enfeita nossa postagem de hoje...

PS 2: Veja a entrevista com Ana-Maria Rizzuto sobre seu livro "Por que Freud rejeitou deus?", Bem eu deveria fazer uma postagem sobre isso ... achar que crer em deus é o natural e tentar explicar como algumas pessoas "insistem" em não acreditar...aff

segunda-feira, 19 de abril de 2010

"O livro de Eli"




Acabei de ver no cinema o filme “O livro de Eli” por um contexto até interessante, era ele ou “Chico Xavier” e eu queria ver o Chico para fazer uma postagem sobre espiritismo aqui, vai ficar para a próxima, pois embora eu e meus amigos fôssemos cativados pela ideia de um filme de ação, O livro de Eli rendeu uma série de reflexões inesperadas que tudo tem a ver com nosso blog tanto quando Chico Xavier provavelmente vai ter...


Por que?


A história:


“Num futuro pós-apocalítico, um homem solitário atravessa os EUA para proteger um livro que guarda os segredos da salvação da humanidade.
(The Book of Eli) EUA, 2010. Direção: Albert e Allen Hughes. Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Gary Oldman. Duração: 118 min.”


Esse é o resumo básico do filme que peguei no site do “
Omelete” que faz uma crítica do filme dando 4 ovos em uma escala de 5! Por sinal vou usar a criíica deles para comentar a minha que puxa para outro lado:

A questão básica: “O livro de Eli” é a bíblia! Sim, O antigo testamento e alguma referência indireta ao segundo, na trama do filme nos é dito que esse futuro apocalíptico foi culpa dos homens com base nas escrituras sagradas... guerras em nome da fé etc .

O que é uma questão atual e bacana.
A consequência disso foi que após o “Flash” destruidor, os homens saíram por aí destruído todas as bíblias daí o fato da ultima estar na mão do “inspiradoEli (Denzel Washington) que ouvindo uma "voz dentro dele" e inicia a marcha para leva-la ao oeste em uma missão não muito clara nem para ele mesmo, mas a "fé" como o próprio personagem diz é o que dá força ...

Eis o antagonista que me foi a pegada mais bacana do filme, Carnegie (Gary Oldman), é obsecado em encontrar a bíblia, ele é como o senhor de uma cidade nos filmes de velho-oeste “westerns” , Suas motivações não são nobres, ele sabe que nesse livro há um “poder” de controlar “massas” e ele estenderia seu domínio além de sua cidadezinha, porque como ele mesmo diz, os “fracos” são facilmente domados pela poética ilusão dos escritos ...

Não sei se é o Gary Oldman sempre brilhante, mas o personagem chama atenção.
Contudo, Eli sabe ou intui de sua "iluminação" interior que não é ali que deve ser entregue o livro daí nossa aventura com poucas porem belas sequências de ação sempre com ganchos para a interpretação de que ele está “protegido” , balas “estranhamente” não o acertam não porque ele é um herói de filme, a ideia é para o telespectador desenvolver tirando suas próprias conclusões...
[Para mim que sou ateu, ele limitou-se a ser um herói de filme de ação daqueles bem estranhos onde as balas nunca acabam e o mocinho é o único que acerta...]

Difícil de dizer por que o filme é ruim, pois tem vários elementos de um bom filme... Mas minha sacada é mais filosófica e principalmente ateia, veja bem, embora ele nos cative com alguma reflexão como a crítica do Omelete diz:

“Teria sido a tal guerra que devastou tudo a temida Guerra Santa? Foi por isso que todas as Bíblias foram queimadas? É apenas a fé que protege Eli, ou Algo mais? O fato de Carnegie querer usar o Velho Testamento em seu próprio benefício seria uma crítica a um recente habitante da Casa Branca, que invocava Deus para invadir países mundo afora? São estas e outras questões deixadas no ar que provocam discussões e ajudam a tornar uma obra em algo superior”


O desfecho de querer reconstruir o mundo (Espalhar “a palavra” novamente) com base nas escrituras não seria contraditório com o resultado que a humanidade encontrou?

Por Zeus!

Será que não seria mais interessante usar da Filosofia ou pensadores mais racionais e claros pra reconstruir a civilização do que um livro poético contraditório e incoerente como a bíblia?
Se as pessoas não têm cabeça para entender filosofia e a “República” de Platão, por exemplo, não fosse cativante, poderia pegar ideias "espiritualistas" mais inteligentes como o budismo quem sabe?

A questão é: o filme propõe nas entrelinhas a crítica ao fanatismo religioso, mas resgata e enfatiza a visão equivocada da bíblia como “o livro do bem” , se você nos acompanha, leu a bíblia, ou algum livro descente que tenta abrir sua mente, sabe que isso é uma caricatura e uma ideia bem hipócrita... Se o mundo pudesse começar do zero, a bíblia seria um dos menos indicados livros para ajudar a guiar a humanidade em um caminho melhor...


[Se você pegou o bonde andando aqui, e não entende minha afirmação, de uma olhada nas postagens anteriores, ou melhor... leia a bíblia... Mas leia de verdade, não só as partes “pops” e “bonitinhas” ]

Fora isso, gostei...
Abraço


PS: Eli é o Zatoichi do futuro! Pqp!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Brincando de deus!




Não sei quanto a vocês, mas as noticias sobre as experiências em laboratório que simulariam o Bing Bang me foram chocantes!

Quando vi essa temática no filme “Anjos e Demônios” já tinha ficado eufórico e sai pesquisando sobre o tema, acabou que comecei a ler o livro “A Dança do universo” do Marcelo Gleiser, pois a questão do “cosmos” sempre me encantou, principalmente com a série do mestre Carl Sagan que passa até hoje na TV Escola.

Evidentemente, não podemos agradar gregos e troianos, Embora cientistas de mais de cinquenta países (incluindo o Brasil!) tenham se dedicado a mais de 15 anos nesse projeto para desvendar os mistérios do Universo, teve gente que não vê nada de grandioso nisso, apenas são capazes de levantar críticas como a clássica frase cretina:

Estão brincando de deus!

Ora... Nem sei por onde começar essa reflexão...

Se a questão é o temor que uma experiência dessas explodisse nosso planeta, os cientistas já resolveram e provaram que tais fenômenos acontecem frequentemente no universo sem destruí-lo, mas acho que isso é apenas uma desculpa para um pano de fundo muito maior... O simples fato de que não nos contentamos em saber que um deus criou esse universo, fez homem do barro no jardim fantástico com serpentes falantes... Que um par de cada espécie de animal sobreviveu ao pecado da ira divina em forma de dilúvio em uma arca fantástica etc, bate de frente com a crença religiosa.
[Ou acrescente aqui a historinha “fantástica” do seu livrinho sagrado]

Não é de hoje que movimentos religiosos tendem a boicotar aspirações cientificas reveladoras da verdade. Quando Nicolau Copérnico falou que a terra que girava em torno do Sol, a igreja levou um “cutucão”, mas a “pancada” mesmo veio quando Galileu Galilei começou a defender essas ideias.

Por quê?

Bem, se você não sabe, não leu, Em uma passagem bíblica Josué “para o sol de girar em torno da terra” ...ops!
[Pesquise na net sobre isso, você vai encontrar um monte de teorias religiosas para disfaçar ou reinterpretar a questão (Inclusive uma do PC da NASA e uma teoria da cospiração dos "malvados ateus" escondendo a veradade) Mas prefiro que você mesmo leia e tire suas conclusões]


Quem é esse homem que contradiz as sagradas escrituras com essa filosofia herética absurda de que a terra que gira em torno do SOL?

Foi o que “os cães de guarda da fé” disseram, e sem ler os escritos de Galileu o condenaram, Galileu não podia mais tocar nesse assunto porque não queria o mesmo destino de Giordano Bruno.
[A diferença entre eles: Bruno e Galileu, era que o primeiro tinha um a visão mais “filosófica” da coisa (O que necessariamente não implica que foi queimado por defender a ideia copernicana), enquanto Galileu já estava fazendo ciência, evidencias empíricas, mas isso não significava nada, ele queimaria na fogueira de qualquer jeito]

Quando um novo papa assumiu, (Urbano 8°) Galileu viu a chance de voltar com seus estudos oficialmente, afinal, ele era amigo do novo papa. Urbano 8° aconselha Galileu a escrever um livro não defendendo suas ideias, mas abordando as “teorias” sem assumir uma posição, e assim o fez em “Dialogo sobre os dois maiores saberes do mundo”, Galileu faz um dialogo entre um individuo que defenderia as ideias aristotélicas e um as Nicolau Copérnico, um terceiro personagem servia como árbitro dessa historia...

Mas... Para variar, a hipocrisia religiosa entrou em ação, convenceram o tal papa de que o personagem que defendia as idéias aristotélicas era uma caricatura dele, e que com isso Galileu estava ridicularizando-o publicamente...

O desfecho você sabe, a inquisição pegou Galileu e o fez escolher entre retratação com prisão perpétua ou morte na fogueira... Ele optou por não ser um mártir, mas continuar vivo e em segredo suas pesquisas, e se retratou, negando sua pesquisa de anos...

Galileu morreu em 1642 deixando um ultimo livro “Discurso sobre duas novas ciências” e um ano depois em 1643 nasce quem? Tio Newton!

Por Zeus!
É como diz o revolucionário Che:

“Vocês podem deter uma ou duas flores, mas não podem segurar a primavera”
(Ou algo assim rs)

A "Ética" e seus subgrupos (Bioetica etc) existem para combater abusos no poder do homem ou propriamente dito: "Poder" que a ciência pode gerar, contudo ela é uma revisão racional e não pode recorrer a questões religiosas para se fazer valer, sabe por quê?

Porque tem muita religião, muitos deuses, muitas regras que variam de cultura para cultura, baseadas em questões de pura fé sem sentido... É o como o Barac Obama disse em um discurso que já postamos por aqui:

...Que a democracia exige que aqueles motivados pela religião traduzam suas preocupações em valores universais, ao invés de específicos de uma religião,
O que eu quero dizer com isso?
Ela quer que as propostas delas estejam sujeitas a discussão e sejam influenciadas pela razão.
Eu posso ser contrario ao aborto por razões religiosas, para tomar um exemplo, mas se eu pretendo aprovar uma lei proibindo a pratica, Eu não posso simplesmente recorrer ao ensinamentos de minha igreja ou invocar a vontade divina;
Eu tenho que explicar porque o aborto viola algum principio que é acessível a pessoas de todas as fés, incluindo aqueles sem fé alguma...


Abraço;
Eu estou torcendo pelos nossos cientistas ...

(Espero que não venham a explodir o nosso mundo, eu ainda gosto dele rs)