Eu não consigo resgatar qual era
a situação que levou a explicação de uma professora em meus tempos de faculdade
sobre a palavra “vaidade”.
Mais significativo do que toda aula, foi refletir
sobre o que ela disse ao explicar que a origem da palavra, vem de “vazio”.
O
sentimento da vaidade é a constatação do vazio que sentimos em nós, daí a
necessidade de criamos uma “aparência” a ser admirada, nosso desejo de que os
outros nos atribuam alguma importância.
Estamos marcados em uma época que
podemos perceber isso mais do que nunca, “postamos” coisas por mais
insignificantes que sejam como um grito, como um apelo pela atenção de quem
quer que seja, e por mais que se tenha a repercussão desejada, esse instante é
fugaz, pois é só “aparente”, não preenche nada dentro das pessoas.
Enquanto uns querem ostentar sua
beleza física, outros buscam mostrar o quanto são inteligentes ou “descolados”,
discussões podem não dar em nada além de raiva quando alguém tem que questionar
as próprias convicções e ter que admitir que não estava tão certo assim, pois a
“vaidade” gera a necessidade de parecer “vencedor”. E o objetivo do debate não
deveria ser esse, mas sim o amadurecimento das ideias em vista do bem ou do
mais correto.
Nas relações, sejam de qualquer
natureza, percebe se que o jogo do “não dar importância” é constante, não teria
a ver com o que eu acabei de falar? Se as pessoas em seu subconsciente desejam
a atenção e que o outro lhe de toda a importância que puder (E ainda sim, não
será suficiente) é provável que o contrário seja o ataque mais destrutivo
possível, o “não dar importância”.
E tudo isso para que?
Nós desgastamos para sustentar a estética, deixamos de amar e dar valor pois queremos ser mais, ignoramos verdades para nos acomodarmos em ilusões, magoamos e sofremos escondidos, fazemos o mal para os outros e para nos mesmos simplesmente para nos iludirmos que temos alguma importância ou que nossas vidas tenham um significado, mesmo que seja “aparente” ...
... por pura “vaidade”.
Nós desgastamos para sustentar a estética, deixamos de amar e dar valor pois queremos ser mais, ignoramos verdades para nos acomodarmos em ilusões, magoamos e sofremos escondidos, fazemos o mal para os outros e para nos mesmos simplesmente para nos iludirmos que temos alguma importância ou que nossas vidas tenham um significado, mesmo que seja “aparente” ...
... por pura “vaidade”.
[A imagem ilustrativa de hoje, refere-e ao mito de Narciso, que por sinal já usei em algumas aulas de Filosofia, não conhece? clique aqui]
[Lembrei me o contexto da tal aula: Conta-se que certo dia Sócrates e seus
discípulos estavam passeando pelo comércio e em um dado momento ao observar as
joias, utensílios de beleza etc, o filosofo disse: Veja de quantas coisas os
homens são escravos. Ao ouvir aquilo, Diógenes teria encontrado o sentido de
toda a sua filosofia, tornou se um mendigo e pregava autodomínio, liberdade e
certa superação dos desejos supérfluos ...
]
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