Nossa imagem que ilustra essa postagem, embora seja bem provocativa, tem muito a dizer sobre a breve reflexão que se segue, pois novamente ocorre o debate:
“Justiça determina a retirada dos crucifixos dos prédios da Justiça gaúcha”
[Veja a matéria na integra clicando aqui]
Aí o cidadão sem um mínimo de pensamento crítico vai dizer:
“lá vem esses ateus chatos com suas provocações!”
A questão aqui não é uma afronta propriamente atéia, a presença de símbolos religiosos como, por exemplo, o crucifixo em ambientes que representem o governo, não é necessariamente uma afronta à pessoa enquanto ateu, mas um desrespeito também ao judeu que não crê em Jesus como o Messias, ao evangélico/Testemunha de Jeová que entende que imagem é idolatria (Pecado e erro) e a todo e qualquer “cidadão” que tenha uma “fé” diferente da cristã...
Por Zeus!
O “Estado” somos todos nós e todos nós não compartilhamos da mesma fé...
Recentemente, em uma conversa na internet, um colega se mostrou muito revoltado com as provocações dos ateístas e de fato, eu entendi muito bem a postura dele nesse sentido. Não concordo com muitas postagens do “ateísmo militante” por achar também que “pegar pesado” não é uma atitude bacana em relação à fé das pessoas.
[Sei também que muitas vezes eu mesmo posso ter passado dos limites, principalmente por ser irônico e sarcástico. Então aproveito o momento para pedir sinceras desculpas por esses momentos exaltados, mas devo lembrar que esse blog é oficialmente um espaço ateu, se você não aceita discutir os dogmas não deveria estar aqui, pois justamente a proposta é promover a reflexão sobre essa temática tão polêmica que é a religião].
Acho que há um nível de “bom senso” que deve guiar as atitudes políticas, e esse “bom senso” não deve ser baseado em uma fé em específico justamente por “todos” não terem a mesma fé.
[Sabia que existe um movimento para a retirada do " Deus seja louvado" no real? (Moeda/dinheiro)]
O que deve prevalecer em suma, pode sim ser o respeito à crença das pessoas, mas jamais a exaltação de uma como a “maior”, ou simplesmente a mais aceita, mesmo porque, atualmente o catolicismo (Principal difusor dessas imagens) não detém prioridade em um país tão caracterizado pela diversidade religiosa quanto o Brasil...
E se você concorda com o argumento de que a maioria é cristão e por isso não tem nada a ver essa situação, está na hora de fazermos um novo senso sobre religião no Brasil para somar todas as vertentes contrárias aos "símbolos" e ver quem realmente é a maioria ... Dado ao crescente movimento evangélico e até mesmo os "sem religião", acho que esse argumento cai por terra...
PS: A bandeira do estado laico tem sido levantada frequentemente aqui em "Por Zeus!". Veja as postagens anteriores sobre isso clicando aqui.
PS2 : Veja mais sobre “Religiões no Brasil” no Wikipédia (Embora o senso seja de 2000 e em 12 anos muita coisa mudou por aqui...)
Não há sequer o que discutir. O estado deveria praticar o laicismo educando assim a sociedade, pois da mesma forma que um pai é exemplo para seu filho o estado deveria ser exemplo para o povo não impondo qualquer credo e não deixando margem para qualquer interpretação intolerante.
ResponderExcluirTenho a minha crença, você sabe, mas concordo com você em muitas situações, como essa. Gostei mt do post.
ResponderExcluir:)