Todo mundo quer ser feliz, se
sentir realizado, pleno, contente com a própria existência. Tanto que
Aristóteles filósofo grego concluiu que toda ação humana aspira ao bem maior da
felicidade.
O “sentido da vida” é um tema recorrente
nas reflexões filosóficas, mas não precisa ir nos meios intelectuais ou eruditos
para se deparar com tal temática, ela está ai o tempo todo com você, comigo, a
cada decisão, nas mais simples como “O que fazer hoje?” ou as mais complexas: “o
que eu quero fazer da minha vida?”
Para Soren Kierkegaard (1813-1855), o ser humano está em
um dos “Estágios da vida” que explicam a nossa “angustia” e tem a solução, vejamos:
I - Vida
Estética: Simbolizado pelo “Dom Juan”, o estágio estético mostra o homem que
busca a máxima satisfação do presente, procurando tornar único cada instante,
abomina o monótono. Mas o “instante” é fugaz, levando ao tédio e ao desespero.
II – Vida
Ética: Contrapondo ao homem estético (Dom Juan), o homem ético é representado
pelo “Bom marido”, é aquele que escolhe o quer ser e se impõe disciplina para
tanto. Mas ser fiel, respeitoso etc. Ainda assim, não dá a paz de espírito,
apenas elimina alguns problemas mantendo o homem ainda com angustia, ou melhor,
“desesperado”.
III – Vida religiosa: somente o estágio religioso
dá ao homem o significado ultimo da existência. Ou seja, para Kierkegaard
somente na fé, com Deus você será feliz, mas você encontra pessoas que vão te
receitar justamente a ponderação da vida ética ou a intensidade da vida
estética ...
Mas será que a vida tem uma
receita de bolo? Uma resposta simples assim? Faça tal coisa e se realize!
Aquelas pessoas que eventualmente
criticam uma conduta tua, como não querer sair, ou não gostar de uma piscina
por exemplo, Essa pessoa é plenamente feliz para estar te dando esse conselho?
Digo isso pois certa vez, no
ultimo horário de aula de uma sexta feira a noite, um aluno me perguntou o que
eu ia fazer depois da aula. Afinal, “sextou”. Eu disse que só queria um banho e
jogar um vídeo game. Meu aluno disse que eu tinha que "viver " (risos)
Eu perguntei o que ele ia fazer
para “viver” e a resposta era beber com uns amigos na praça. Retruquei que, ele
ia estar feliz lá e eu feliz em casa e está tudo bem. Mas o que me impressionou nesse
caso, é que a pessoa em questão vive com crises existências, em depressão, mas
se sentiu com moral de me dizer o que eu devo fazer para “viver”.
O mesmo vale para a imagem em
questão (Tema dessa publicação) , por que alguém vai sentir pena da pessoa por ela não ter “vícios”? Do
ponto de vista de várias vertentes, “triste” é a pessoa depender de vícios para
se sentir pleno.
Uma coisa pode ser boa para você,
te fazer feliz, te dar paz, mas isso não significa que terá o mesmo efeito no
outro. Obviamente, você pode querer tentar repassar a sua ideia, mas será que
você está tão bem assim para ter moral de ditar alguma regra ou receita de bolo
da felicidade para o próximo, ao ponto de critica-lo?
Todo mundo sabe essa resposta ...
Então, Como ser feliz? Cada um tem que encontrar a sua
resposta ...
Aquele abraço ...
PS: Sabe o que funciona comigo? isso aqui:
E isso: